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Vale a pena assistir ‘O Fio Invisível’ na Netflix? Confira nossa opinião!

Já assistimos ao novo suspense da Netflix, "O Fio Invisível" e nesse artigo a gente te conta se vale ou não a pena dar play nessa produção.


Começou a temporada de lançamentos dos filmes para premiação da Netflix e uma das maiores apostas da plataforma nesse ano é o filme peruano O Fio Invisível que estreou no último dia 13. Mas será que vale a pena assistir a essa produção na plataforma?

Com direção da renomada cineasta Claudia Llosa o filme é baseado no livro “Distância de Resgate” da escritora chilena Samanta Schweblin, que foi premiado com o Tigre Juan em 2015.

Contando a história de duas mães jovens muito diferentes, a adaptação chegou ao grande público como um original Netflix e mesmo com pouco tempo desde sua estreia, já tem movimentado a crítica especializada mundial e o espectador comum.

Nós já assistimos à produção na plataforma de streaming e te contamos o que achamos e se vale ou não a pena dar uma chance para “O Fio Invisível”.

Sobre O Fio Invisível

Nesse suspense de pouco mais de uma hora e meia, somos carregados por uma história sobre o amor e o medo materno com toques de misticismo e um pano de fundo de terror mais amplo.

Na história, Amanda e a pequena filha, Nina chegam a uma pacata cidade do interior com a intenção de passar as férias de verão em uma casa antiga da família.

Não demora muito para que a vizinha Carola apareça para dar as boas-vindas as recém-chegadas, e apenas esse pequeno gesto já estabelece uma forte conexão entre as duas mulheres.

Com o passar dos dias, em uma linha do tempo não muito linear, Carola revela detalhes sobre seu passado com o filho Davi, o que desperta a desconfiança de Amanda sobre a sanidade e as intenções de sua nova amiga.

Vale a pena assistir “O Fio Invisível” ?

O fio invisível netflix

“O Fio Invisível” traz uma história instigante que pode despertar muitas reflexões após seu término.

No entanto, a resposta sobre se vale ou não a pena dar uma chance para a produção, depende muito do tipo de público que irá dar play na Netflix.

Mães e suas escolhas angustiantes

Antes de qualquer outra coisa “O Fio Invisível” é uma história sobre maternidade e todo o amor, angustia e muitas vezes, culpa, envolvido no processo de ser mãe.

Nessa trama, Carola é a mãe que em um momento extremo precisou fazer uma escolha a qual não tem certeza se foi a mais certa. Essa escolha acabou mudando completamente a visão que ela tinha sobre a maternidade e, especialmente sobre o próprio filho.

Ao assistir ao filme todo, em vários momentos nos pegamos julgando a personagem, tanto por sua escolha, quanto por suas atitudes posteriores.  Porém, também surge a reflexão de o que fazer em uma situação similar, será que tomaríamos um caminho diferente?

A personagem de Amanda acaba representando muito bem essa reflexão do público, afinal a relação que ela tem com a filha escancaram o abismo de diferenças entre sua forma de ser mãe e a de sua vizinha. No entanto, até que ponto é possível afirmar que uma mãe ama mais que a outra?

Questões ambientais

Parte do filme está diretamente ligada as questões ambientais, que acabam sendo o ponto de partida de toda a trama desenvolvida.

É interessante como o roteiro trabalha isso de forma simbólica, deixando claro como os abusos cometidos pelo homem à Natureza, podem sim ter consequências diretas à vida das pessoas e não apenas causando problemas universais aos quais todos precisam lidar da mesma maneira.

No enredo a destruição ambiental é tratada de forma muito mais pessoal, o que traz a sensação de que o problema está muito mais próximo do que podemos imaginar.

Sobrenatural

Esse é um suspense que também trabalha com o tema do sobrenatural, porém, não de uma forma muito óbvia.

Pode ser que enquanto está assistindo o expectador se pergunte o quanto daquele misticismo é real, e quanto não passa de apenas crendices dos personagens que moram naquela cidade fictícia.

Talvez o ponto mais importante a ser considerado antes de assistir esse filme é: o espectador costuma gostar de histórias que não entregam todas as explicações de bandeja?

Atuações impecáveis

Mesmo quem não gostar de “O Fio Invisível” ainda assim deve tirar o chapéu para as maravilhosas atuações de seu elenco.

Tanto as veteranas María ValverdeDolores Fonzi, quanto o jovem Emilio Vodanovich conseguem entregar toda a veracidade que uma obra como essa pede. Seus personagens são construídos de forma impecável e conseguem segurar o suspense contínuo do filme sem perder ritmo.

Não é um filme para todo mundo

O fio invisível

Concluindo as ponderações sobre se vale a pena assistir “O Fio Invisível” na Netflix é importante saber que esse é um filme que definitivamente não vai agradar todo mundo.

Quem está esperando um terror (como o filme vem sendo descrito em algumas plataformas), com elementos comuns como cenas perturbadoras  ou mesmo sustos, essa não é a obra certa.

Quem não gosta de filmes que bagunçam a linha do tempo e o senso de realidade, também pode ser que não curta tanto assim a obra.

Agora, se o espectador gosta de filmes com um terror psicológico mais complexo e que abre diversos precedentes para reflexão, “O Fio Invisível” é um prato cheio.

Desde a concepção de suas cenas, até a fotografia escolhida pela produção, tudo é muito bonito nesse filme.

O relacionamento platônico e um tanto perturbador entre as duas protagonistas também carrega muito bem o enredo e deixa o espectador em alerta para saber o que virá a seguir.

Por último, a incerteza sobre a sobrenaturalidade do acontecimento no centro de toda a história que se mantém até o último minuto, é uma grande cereja no topo do bolo que é essa produção baseada em livro.

Pessoalmente, “O Fio Invisível” é um bom filme que merece ser visto, mesmo contendo alguns desvios de narrativa que podem incomodar em alguns momentos.

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Assim que assistir a “O Fio Invisível” na Netflix, não deixe de comentar sobre a sua opinião.

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.