O Perfumista: Principais diferenças entre o filme e a história que o inspirou
O filme "O Perfumista", da Netflix, se apresenta como uma adaptação do livro de Patrick Suskind. Conheça as diferenças entre as obras!
Desde que passou a produzir filmes e séries originais, a Netflix vem investindo cada vez mais em adaptar livros de sucesso já consolidado em produções que chamam a atenção do público de assinantes. É esse o caso do mais novo sucesso alemão da plataforma, o suspense dramático “O Perfumista“.
O filme, que se trata de uma produção original da plataforma, escalou até o Top 3 de filmes mais assistidos do catálogo, o que fez com que milhares de pessoas buscassem por informações acerca da história que o inspirou.
Como toda boa adaptação cinematográfica, os leitores do livro já aguardavam que grandes mudanças fossem realizadas no processo de narrar os acontecimentos em uma mídia completamente diferente. A quantidade de modificações, contudo, acabou surpreendendo os assinantes que esperavam uma adaptação fidedigna da obra de origem. Confira, a seguir, as principais diferenças entre as obras:
O Perfumista: Filme vs. Livro
Publicado em 1985, o livro “O Perfume” (Dar Parfurm) é uma obra escrita pelo premiado romancista alemão Patrick Suskind. Tendo vendido mais de 15 milhões de cópias ao redor do mundo, o livro se tornou um dos grandes clássicos da literatura moderna alemã, que introduziu grandes sucessos ao mercado internacional.
O sucesso do livro, inclusive, fez com que ele ganhasse adaptações cinematográficas de sucesso, como foi o caso do longa “Perfume: A História de um Assassino”, lançado em 2006. Considerando isso, era esperado que a Netflix buscasse inovar e trazer uma versão mais atualizada e criativa da história em questão. O resultado, entretanto, foi uma obra que não se aproxima em quase nada do livro de origem.
Na obra escrita por Suskind, o enredo central se passa na França do século 18 e é focada completamente no personagem Jean-Baptiste Grenouille, garoto órfão que nasceu pobre e desde a infância se destaca entre os demais por suas características natas: o fato de não exalar odores corporais, o que garante que ele passe despercebido entre os demais, e de ter um olfato incrivelmente apurado, o que faz com que ele consiga perceber odores que outras pessoas ignoram.
Após uma infância traumática e afetada pelas mazelas da pobreza, ele foi vendido para trabalhar no mercado de peles e, posteriormente, de perfumes. É lá onde conhece uma jovem e se apaixona pelo seu cheiro. Obcecado em reproduzir o odor da moça, ele assassina ela e outras pessoas enquanto busca criar o que seria a fragrância do amor, que exala o cheiro ideal. A partir de então, a história embarca no lado decadente e psicótico do personagem, que é condenado a execução.
Ao saberem da adaptação, muitos fãs da história passaram a acreditar que a Netflix apenas atualizaria o contexto do enredo para os dias atuais, mantendo íntegra a premissa dos acontecimentos. O que acontece, entretanto, é que o único elemento que interliga as histórias é o conjunto de habilidades do olfato do perfumista, que se destaca entre os demais.
O filme, contudo, se passa em uma época completamente diferente e dentro de uma premissa que se desvia bastante da obra original. Ao introduzir a Detetive Sunny, os produtores migram o protagonismo da história para a personagem, que desde sua infância enfrenta dificuldades em relação a sensibilidade do seu olfato. Por esse motivo, a relação da investigadora com o misterioso perfumista Dorian se dá de forma quase inevitável – até que certas verdades começam a surgir.
Apesar de ambas obras serem capazes de introduzir o leitor/espectador em um cenário de suspense com arcos de tirar o fôlego, é seguro dizer que “O Perfumista” se trata de um filme meramente baseado na premissa de “O Perfume”. Com contextos e climas diferentes, as obras se distanciam em seus protagonismos, contextos, ímpetos e decisões criativas – o que pode ser tido como um acerto para alguns, mas certamente deixam os fãs de adaptações decepcionados pelas disparidades.
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