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Conheça a história real que inspirou Clemência, filme emocionante da Netflix

Conheça a emocionante história real que inspirou "Clemência", filme da Netflix que aborda polêmicas sobre a pena de morte.


Apesar de não ser uma produção original da plataforma de streaming, o filme licenciado Clemência” tem conquistado cada vez mais a atenção dos assinantes do serviço, que se sentem curiosos com sua premissa instigante.

O enredo, que acompanha uma agente responsável por conduzir presos ao cumprimento de suas sentenças, tem acrescentado bastante às discussões acerca de um tema polêmico nos dias atuais: a pena de morte. Confira, no tópico a seguir, a história real que inspirou o drama:

Conheça os fatos reais que inspiraram “Clemência”, novo sucesso da Netflix:

Conheça a história real que inspirou "Clemência", filme emocionante da Netflix
Filme que faz sucesso na Netflix é baseado na história real de Troy Davis (Imagem: Reprodução/InnocentProject/Netflix)

A trama de Clemência” é escrita e dirigida por Chinonye Chukwu, e acompanha o cotidiano de uma carcereira do famoso corredor da morte – fila norte-americana que executa os sentenciados à pena de morte. Esta profissional, acostumada com diversas histórias, tem sua vida tocada pelos relatos de um homem que acredita e faz de tudo para provar sua inocência. 

Para escrever o roteiro do filme, Chukwu se encontrou, por diversas vezes, com profissionais que acompanham os últimos dias de vida dessas pessoas, e para a maioria deles o diretor revelou que Clemência” é um filme baseado na história de Troy Davis, um ex-morador da Geórgia que foi executado em 2011, após ter recebido apoio de diversas lideranças pelo mundo, inclusive do Papa Bento XVI.

Ao que consta nas investigações acerca do caso de Troy Davis, já se sabe que ele foi condenado à pena de morte após ser indiciado pelo assassinato de um policial, que foi morto após receber tiros em um estacionamento de um Burker King. O funcionário, que trabalhava na lanchonete em seu tempo de folga, interveio em uma confusão que envolvia Davis e outro grupo de pessoas. Ao perceber o tamanho do problema, Davis fugiu do local e foi perseguido pelo agente.

O procurador-geral da Geórgia revelou, em comunicado para a imprensa, que Davis  disparou diversos tiros na direção do policial enquanto fugia, o que fez com que ele morresse antes mesmo que os socorristas chegassem para prestar socorros. Apesar da arma do crime nunca ter sido encontrada, investigadores concluíram que foi a mesma utilizada por Davis em uma confusão que ocorrera no mesmo dia,  quando ele abriu fogo contra um carro numa festa em que participava.

Clemência
Troy Davis foi sentenciado à morte pelo crime de assassinato (Imagem: Reprodução/InnocentProject).

Após diversas testemunhas terem afirmado que Davis confessou o assassinato, o réu manteve sua narrativa de que estava presente no local, mas não foi ele quem disparara os tiros. Ainda assim, ele foi sentenciado à morte por um júri popular, e foi enviado para o corredor letal em que aguardaria a injeção que retiraria sua vida.

Acontece que, enquanto aguardava pelo cumprimento de sua pena, diversas testemunhas desmentiram ou retiraram os depoimentos que prestaram contra ele. Em 2009, a Suprema Corte do País pediu que o caso fosse revisado pelo tribunal regional, mas a Justiça de Savannah decidiu por manter o veredito do júri.

Quando sua execução foi agendada, para o mês de setembro de 2011, dezenas de autoridades internacionais já tinham se manifestado contra a sentença, já que várias dúvidas pairavam sobre o processo. A Anistia Internacional, o líder da luta racial Desmond Tutu, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter e o Papa Bento XVI estiveram entre os nomes que lutaram contra a pena aplicada a Davis.

Na data da aplicação de sua pena, Troy Davis ainda alegava sua inocência e implorou à família do policial para que eles enxergassem a verdade. O pedido foi ignorado e o réu foi executado às 23:08h. Seu velório foi assistido por milhares de pessoas ao redor do mundo, e até hoje sua luta é citada quando o assunto da pena de morte é trazido à tona.

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Arquiteto e Urbanista aficionado por Cenografia e Cinema. Criador de conteúdo da área desde 2013 e apaixonado por adaptações cinematográficas, especialmente de fantasia.