Enola Holmes 2: Conheça o evento histórico REAL que inspirou o novo filme da irmã de Sherlock na Netflix!
"Enola Holmes 2" já está disponível na Netflix, e se inspirou em um interessante evento histórico real para narrar as aventuras da jovem Enola
A jovem irmã de Sherlock Holmes está de volta à Netflix no filme Enola Holmes 2, que chegou à plataforma nessa sexta-feira (4).
E se você já assistiu, viu que grande parte da narrativa é dedica à Enola Holmes (Millie Bobby Brown) tentando encontrar uma garota desaparecida.
Acontece que a Sarah Chapman e o movimento de greve de trabalhadoras adaptados no filme, são ambos baseados em uma pessoa e em um acontecimento histórico real, e nós te contamos melhor essa história a seguir.
A verdadeira greve das Garotas dos Fósforos
ATENÇÃO, os parágrafos a seguir podem conter spoilers sobre parte da narrativa do filme.
A greve das chamadas Matchgirls (Garotas dos Fósforo) foi um evento histórico real, apesar de ser pouco lembrando, e foi um dos vários movimentos que fortaleceram à luta das sufragistas no Reino Unido.
Na metade dos anos 1800, Bryant & May era uma grande companhia produtora de fósforo que se estabeleceu em Londres, e tinha como principal mão-de-obra, mulheres e meninas pobres.
Na época as condições de trabalho eram precárias, e o pagamento semanal recebido por cada trabalhadora, por vezes era insuficiente para manter moradia e alimentação dignas.
Se não bastasse apenas isso, em pouco tempo começou-se a notar que várias mulheres estavam adoecendo de uma grave condição que afetava os ossos, chamada mais tarde de Mandíbula de Fósforo, doença que começava com dores de dentes e na mandíbula, e que em estágio avançado afetava o cérebro, outros órgãos e apodrecia os ossos.
Diferente de Enola Holmes 2, onde a Bryan & May tentava encobrir a “epidemia” alegando um surto de tifo, na vida real, a indústria obrigada que qualquer trabalhadora tivesse o dente arrancado no momento em que começasse a relatar dor.
Várias meninas e mulheres entendiam o que estava acontecendo, e em 1888 os ativistas dos direitos de trabalho Annie Besant e Herbert Burrows publicaram um artigo onde expunham a fábrica e a tudo que suas trabalhadoras estavam enfrentando.
Com a tentativa dos empresários em aliciar as trabalhadoras para que negassem o artigo, a indignação chegou ao pico, e a greve foi instaurada.
A Sarah Chapman da vida real foi uma das principais membros do comitê de greve, e uma das escolhidas para falar em frente ao Parlamento Britânico sobre as condições das trabalhadoras.
A revolta das garotas dos fósforos levou à criação de um sindicato de trabalhadores, garantindo melhores condições de trabalho, e medidas contra a doença mortal que afetou tantos ao longo dos anos.
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