As Linhas Tortas de Deus: Livro tem HISTÓRIAS ESSENCIAIS que filme NÃO CONTOU. Confira as principais diferenças!
Algumas diferenças entre o livro e o filme "As Linhas Tortas de Deus" realmente chama a atenção. Confira detalhes que não entraram no longa.
Adaptações de livros para telas sempre geram algum tipo de controvérsia, já que são raras as vezes em que são mantidas completa fidelidade a seus materiais originais. As Linhas Tortas de Deus, filmes que há dias segue entre os mais assistidos da Netflix, não é uma exceção.
Baseado no livro homônimo de Torcuato Luca de Tena, a adaptação dirigida por Oriol Paulo não conseguiu levar ao espectador a essência completa da obra, considerada uma das mais importantes da literatura mundial.
Dessa forma, ainda que o longa seja extremamente interessante e esteja sendo largamente elogiado pelo público, fatalmente alguns detalhes primordiais da história acabaram sendo cortados ou muito modificados no material cinematográfico.
A seguir a gente te conta tudo de mais importante que está no livro As Linhas Tortas de Deus, mas que não teve espaço no novo filme da Netflix.
Personagens importantes do livro foram excluídos do filme
Mais que um romance sobre a sanidade ou loucura de uma mulher que se infiltra em um sanatório, Torcuato Luca de Tena escreveu sua obra como uma espécie de “guia” de doenças mentais.
Figuras como o jardineiro, o homem de cera, a duquesa ou o astrônomo são de extrema importância na obra, e representam alguns dos distúrbios mais curiosos da mente. No livro, suas histórias são muito aprofundadas, no filme, no entanto, esses personagens são praticamente excluídos.
Além deles, médicos como Salvador Sobrino e Rosellini também não aparecem no filme. Uma falta grave já que, no fim da história original, Sobrino é quem assume a direção do hospital.
Motivo da investigação de Alice é diferente no livro
No filme, Alice se interna no hospital psiquiátrico para investigar o suposto assassinato do filho de Raimundo García del Olmo, que era um interno e que teve sua morte declarada como suicídio.
Na metade do longa, o filme revela que o rapaz realmente se matou e que o verdadeiro Raimundo nunca conheceu ou contratou Alice.
No livro, isso tudo é bastante diferente. Na obra de Tena, Alice também é levada a investigar um caso envolvendo Raimundo García del Olmo, porém, é o pai do velho senhor que foi assassinado e não o filho.
No livro, diferente do filme, o morto realmente foi assassinado por um dos internos do sanatório, e não há nenhuma citação sobre suicídio. É Alice, aliás, quem resolve o caso.
No livro, Montserrat não é médica e tem um final diferente
Montserrat (Loreto Mauleón) é a médica gentil e corajosa que apresenta o sanatório à Alice (Bárbara Lennin) em seu primeiro dia. Ela também é quem desafia o diretor do hospital no fim da trama.
No livro, no entanto, Montserrat na verdadeira é uma das enfermeiras do sanatório, e não médica.
No filme, quando é demitida por Samuel Alvar (Eduard Fernández), a médica permanece no hospital e o desafia dizendo que ela e outros assinaram uma carta pedindo a expulsão do psiquiatra. No final, é sugerido que Montserrat poderia ser a nova diretora do hospital.
Já no livro o final da personagem é diferente. Após ser demitida por Samuel, a então enfermeira vai embora e decide ceder a sua verdadeira vocação. Assim, Monserrat encerra sua história ingressando em um convento e se tornando freira, deixando o sanatório definitivamente.
Medo de água de Ignácio Urquieta tem explicação no livro
Ignácio Urquieta (Pablo Derqui) é o carismático primeiro amigo de Alice no sanatório, que mais tarde revela-se com hidrofobia, ou seja, medo irracional de água.
No filme, Ignácio diz à Alice que tem medo de água desde criança, e que nem ele, nem ninguém sabe o motivo disso.
No livro, porém, o motivo para a fobia “inexplicável” de Ignácio é revelado quando, em uma traquinagem, alguns internos do hospital acabam o jogando na piscina.
Nesse momento, Ignácio lembra-se que quando criança era uma excelente nadador, mas que um dia, por brincadeira, acabou jogando um amiguinho na piscina e esse acabou morrendo afogado.
Com isso, Ignácio supera sua fobia e recebe alta-clínica do hospital psiquiátrico.
Final da história é resolvido por personagem que não está no filme
No final do filme, o diretor decidiu deixar a sanidade ou loucura de Alice em aberto, para que o público tirasse as próprias conclusões.
Já no livro, o caso é resolvido pela detetive María Luisa Fernández, uma personagem que não aparece no filme.
É María quem consegue contato com o médico particular de Alice e descobre que, realmente, a mulher sofre de paranoia e sua internação no hospital era legítima.
Ao ter noção da verdade, Alice decide voltar por conta própria ao sanatório e ficar por lá, muito diferente do que acontece no filme da Netflix.
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