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Nova ficção científica da Netflix te fará refletir sobre a relação entre pais e filhos e o futuro da humanidade

"Jung_E" é a nova ficção científica da Netflix, repleta de reflexões sobre o futuros e as relações humanas. Saiba se vale a pena.


A forma como a tecnologia vem evoluindo a ponto de criar inteligências artificiais que supostamente devem servir às necessidades humanas, vem sido muito debatidas nos últimos anos. Esse assunto já foi explorado de várias formas no cinema, e em Jung_E, que acabou de estrear na Netflix, ele mais uma vez ganha os holofotes em uma trama cheia de ciência e emoção.

Dirigido pelo aclamado cineasta sul-coreano Yeon Sang-ho, essa ficção científica cheia de cenas de ação, mergulha em questionamentos éticos sobre até que ponto certas tecnologias devem ser desenvolvidas.

O filme ficou marcado como o último da carreira da estrela sul-coreana Kang Soo-yeon, que dá vida à protagonista do longa, falecida em maio de 2022, poucos meses após o encerramento das gravações.

A seguir a gente te conta mais detalhes sobre Jung_E e porque você pode gostar desse filme.

Sinopse de “Jung_E”

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Em 2194, a Terra foi devastada por mudanças climáticas que geraram o caos e transformaram o planeta em um lugar inabitável. Assim, a humanidade precisou encontrar a sobrevivência em colônias no espaço.

A nova forma de vida, no entanto, fez com que uma guerra civil estourasse, transformando a capitã Yun Jung-yi (Kim Hyun-jooem uma mercenária estrategista lendária.

Quando Jung-yi é mortalmente ferida em batalha e permanece em estado vegetativo, uma empresa de tecnologia decide clonar o seu cérebro com a missão de inseri-lo em um androide poderoso, capaz de acabar de vez com a guerra.

Anos depois, Seo-hyun (Kang Soo-youn), a filha da mercenária. é quem assume a liderança do projeto, mas terá o desafio de enfrentar todos os dias as memórias de sua mãe, enquanto tenta fazer com que a missão seja um sucesso.

Sobre o filme

Kang Soo-youn como Seo-hyun em “Jung_E” (Imagem: Reprodução)

Jung_E é mais um projeto do diretor Yon Sang-so que se tornou mundialmente conhecido em 2016, após o lançamento do longa Invasão Zumbi, que se tornou um verdadeiro fenômeno.

Conhecido pela ousadia e pelas críticas sociais recorrentes em seus filmes, com Jung_E o diretor aborda questões difíceis como os laços que unem pais e filhos e não podem ser rompidos, além das verdadeiras motivações por trás da indústria de tecnologia.

Além de Soo-yeon, o filme é estrelado por Kim Hyun-joo, Ryu Kyung-soo, Kang Su-yeon, Park So-yi.

Relações humanas que não podem ser superadas pela tecnologia

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Jung_E é um filme de ficção científica e ação, que no entanto, tem muito mais que apenas tecnologia e batalhas armadas para oferecer ao público.

Nesse longa, que é muito mais um drama do que um filme de lutas épicas, conhecemos um futuro amedrontador, onde mesmo nos tempos mais críticos, a humanidade não consegue superar suas diferenças e, em busca de vantagens, inicia uma guerra mortal.

O filme evidencia a forma como o mundo foi destruído, e deposita todas as esperanças na frieza dos cientistas que podem trazer de volta a vida uma guerreira exemplar e implacável, porém, melhorada com um corpo imbatível.

O problema é que a indústria nunca conta realmente com a imprevisibilidade das emoções humanas, a ponto de colocar como chefe do projeto a filha da mulher que está tentando reviver a mente.

E é nesse ponto que Jung_E encontra seu grande trunfo, já que a relação entre mãe e filha interrompida cedo e há tantos anos, acaba se tornando um “problema” para a “lógica” da indústria.

Com isso, vários pontos éticos são debatidos, como: até onde uma máquina com a capacidade de pensar por conta própria não pode ser considerada um ser vivo? ou ainda, até que ponto se pode fazer experiências em algo que pensa estar vivo? É correto desenvolver inteligências artificiais apenas para que sirvam à propósitos humanos?

Todas essas questões são abordadas de forma extremamente emocionais em Jung_E.

Dito isso, devemos alertar que quem não curte muito o gênero ficção-cientifica não vai gostar desse filme. Isso porque os diálogos científicos são mais densos, o ritmo não é dos mais rápidos, e parte do público com certeza vai achar a narrativa um pouco chata.

Por outro lado, quem gostou de filmes como Eu Robô; Ex-machina: Instinto Artificial e outros desse estilo, tem grandes chances de realmente curtir esse novo filme da Netflix.

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Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.