Nossa Bandeira é a Morte: Conheça a história real que inspirou a série da HBO Max
A comédia "Nossa Bandeira é a Morte", por mais absurdo que pareça, é baseada em uma fascinante história real. Conheça!
Nossa Bandeira é a Morte é a série de piratas que acabou de estrear sua 2ª temporada na HBO Max, uma comédia hilária com uma tripulação muito diferente do que se imagina. O mais surpreendente sobre a série, no entanto, é que ela é livremente baseada em uma história real.
No programa acompanhamos a história de Stede Bonnet (Rhys Darby), um nobre inglês vivendo em Barbados que simplesmente decide abandonar a família e o luxo para se tornar um pirata.
Acontece que Bonnet realmente existiu, e mesmo para o criador da série, David Jenkins, sua história parece absurda. Em suma, boa demais para não render um roteiro!
“Ela [minha esposa] me disse para dar uma olhada, então eu li sobre ele e rapidamente percebi que ele explodiu sua vida e deixou sua família para, de alguma forma, fazer amizade com o maior pirata do mundo, depois de ele próprio ser um pirata terrível. A estrutura era linda,” disse o roteirista em entrevista ao Town and Country.
E foi a partir dessa pesquisa impulsionada pela esposa, que a história se tornou roteiro, e mais tarde a série dirigida e estrelada por Taika Waititi.
A história real por trás de “Nossa Bandeira é a Morte”
A incrível história de Stede Bonnet aconteceu no século XVII. Nascido em Bridgerton, em Barbados, Bonnet era filho de uma família aristocrata inglesa, e por isso, além da educação, era dono de terras.
Casado com Mary Allamby, e com três filhos, aos vinte e poucos anos, e por circunstâncias desconhecidas, decidiu largar a família, as terras e qualquer riqueza que possuía para trás, para se aventurar na vida de pirata.
Assim, ele comprou um barco, o qual nomeou Revenge, e recrutou 70 pessoas para lhe servirem como tripulação. Assim, ele se declarou capitão de um navio pirata, mesmo sem ter absolutamente nenhuma experiência no mar.
Assim, em 1717, Bonnet e sua tripulação iniciaram suas atividades de pirataria, promovendo ataques a pequenos barcos comerciais dos quais roubavam provisões e dinheiro.
Em setembro daquele ano, no entanto, o Revenge foi abordado por um navio de guerra espanhol de grande porte, e como resultado, metade de sua tripulação foi morte.
Após fugir para Nassau, e reconstruir seu barco e recrutar uma nova tripulação, Bonnet conheceu ninguém menos que o pirata conhecido como Barba Negra. O mais impressionante sobre isso é que, os dois homens se tornaram amigos, e dessa amizade nasceu uma parceria.
Assim, ambos os homens saíram de Nassau e começaram um saqueamento exacerbado pela região do Caribe. Foi assim que Barba Negra conquistou seu navio mundialmente conhecido como Queen Anne’s Revenge.
O problema disso é que, já nessa época Bonnet havia perdido quase que completamente o controle de sua tripulação, que não o via como autoridade. Assim, segundo relatos históricos, com frequência o Pirata Cavalheiro, como passou a ser conhecido, se mostrava cansado da vida que escolhera, e não tomava partido nos ataques violentos a outras embarcações.
Em 1718, Bonnet e Barba Negra se separaram ao chegarem na Carolina do Sul, e enquanto Barba Negra seguiu viagem em seu navio após roubar provisões e parte da tripulação do Revenge, Bonnet assumiu um pseudônimo como Capitão Thomas para continuar sua atividade de pirataria, sem perder o perdão que havia conquistado do Governado Charles Eden pouco tempo antes.
A estratégia deu certo apenas por alguns meses, porém, em outubro daquele ano, Bonnet e seus homens foram presos por pirataria e condenador. O Pirata Cavalheiro foi enforcado em White Point em 10 de dezembro de 1718.
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