“O Abismo” é inspirado em desastre real da Suécia; o que é real e o que é ficção?

O Abismo é um novo filme sueco no top 10 da Netflix que tem chamado a atenção do público, principalmente, por ser baseado em uma história real.

Lançado na última semana no streaming, o filme segue a vida de Frigga, a chefe de segurança de uma mina localizada na cidade de Kiruna, na Suécia, que se vê em um pesadelo quando uma falha geológica ameaça afundar toda a cidade.

Atualmente o filme é um dos mais assistidos no streaming, e a seguir você conhece a história real no qual ele foi inspirado.

A história real por trás de “O Abismo”

Apesar de a história de Frigga e todo seu drama familiar não passarem de ficção, uma parte significativa do filme é real.

Kiruna é uma cidade real localizada no norte da Suécia, e conhecida especialmente por manter a maior atividade de extração de minério de ferro do solo do mundo.

Isso, no entanto, tem resultado em danos gigantes para a cidade e para sua população.

Foi em 2004 que a empresa responsável pela extração de ferro da mina (a LKAB), alertou a população e as autoridades que o crescimento da mina iria resultar em danos estruturais ao solo, com fissuras se abrindo, e com a possibilidade de abalos sísmicos, fato que colocava em risco a segurança de toda a população.

Considerando que a atividade mineira é o principal meio de subsistência da região, foi decidido que a cidade e sua população seriam deslocadas por três quilômetros ao leste da mina. Assim, supostamente, a população estaria mais segura e a atividade não precisaria ser abandonada.

O processo levaria anos, mas se fosse bem sucedido, trabalhos e vidas seriam garantidos.

A natureza, no entanto, não estava por dentro do “acordo” de datas. Assim, em maio de 2020, enquanto a cidade ainda estava sendo movida, um terremoto de 4,1 de magnitude, atingiu a mina e seus arredores.

Diferente do filme, no entanto, felizmente não houveram feridos, nem grandes danos à cidade.

Assim, apesar de o novo filme da Netflix se inspirar em uma questão real, e em uma possibilidade de desastre, o longa dramatiza muito toda a situação, e não se compara realmente ao que aconteceu na cidade sueca em 2020.

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