Pequenas Cartas Obscenas: A História Real Por Trás do Filme com Olivia Colman
"Pequenas Histórias Obscenas" acabou de chegar no Max e, impressionantemente, é inspirado em uma história real.
Pequenas Cartas Obscenas, filme estrelado por Olivia Colman e Jessie Buckley, transforma uma história real bizarra dos anos 1920 numa comédia curiosa e cheia de reviravoltas.
O filme que estrou recentemente no catálogo do MAX é inspirado em fatos que se passaram em uma pequena cidade litorânea da Inglaterra, onde uma série de cartas anônimas e obscenas começa a circular, envolvendo todos os moradores numa confusão sem fim.
A trama do filme
Em Pequenas Cartas Obscenas, a trama gira em torno de duas vizinhas: Rose Gooding, uma irlandesa de espírito livre, e Edith Swan, uma mulher conservadora e moralista.
Tudo começa quando cartas anônimas, recheadas de palavrões e ofensas, começam a chegar nas casas dos moradores da cidade. Acusada de ser a escritora infame, Rose se vê no centro de um julgamento, enquanto a cidade inteira acredita em sua culpa.
Uma investigação inesperada, no entanto, conduzida pela policial Gladys Moss começa a revelar que nem tudo é o que parece.
A história real por trás de “Pequenas Cartas Obscenas”
A história começa em 1918, quando Rose Gooding, uma imigrante irlandesa, se muda para a pacata cidade de Littlehampton, em Sussex.
Ela faz amizade com sua vizinha, Edith Swan, uma mulher tradicional e conservadora.
A relação das duas parecia ir bem, mas, como toda boa amizade entre vizinhas, bastou um desentendimento bobo para que tudo fosse por água abaixo.
A tensão entre as mulheres piorou quando Edith Swan e o restante da comunidade, passaram a receber cartas ofensivas assinadas com as iniciais “R.G.”. Convencida de que Rose era a responsável, Edith procurou ajuda jurídica para processá-la.
Embora não houvesse evidências conclusivas contra Rose, ela foi presa e aguardou julgamento na prisão de Portsmouth.
Durante o processo, nenhuma prova pericial foi apresentada que confirmasse a autoria das cartas, mas mesmo assim Rose foi considerada culpada e condenada a duas semanas de prisão, após já ter passado dois meses presa.
O Recomeço das Cartas e a Virada do Caso
Mesmo após a prisão de Rose, as cartas continuaram a circular pela cidade, sugerindo que ela não era a autora. Esse detalhe despertou suspeitas da polícia sobre Edith.
Uma investigação mais aprofundada encontrou indícios de que Edith poderia estar por trás das cartas: uma busca em sua casa revelou papéis e um caderno com linguagem ofensiva similar à usada nas cartas enviadas aos vizinhos.
A descoberta desses itens foi fundamental para que a polícia revisse o caso, e a condenação de Rose acabou sendo revertida pelo Tribunal de Apelação Criminal. Ela foi liberada e recebeu uma compensação de £250.
O Papel da Policial Gladys Moss e o Desfecho
Um dos aspectos mais notáveis do caso foi a atuação de Gladys Moss, a primeira policial mulher de Sussex, designada para observar as famílias envolvidas.
Em uma de suas rondas, Gladys viu Edith jogando uma folha de papel na direção da casa da polícia, que continha ofensas a outro casal de vizinhos. No entanto, mesmo com essa evidência, a polícia precisou de mais provas para levar Edith à justiça.
Para desmascarar Edith, a polícia contou com a ajuda do General Post Office (GPO): venderam-lhe selos com tinta invisível, que deixavam marcas identificáveis nas cartas.
Quando Edith postou novas correspondências ofensivas, uma delas foi recuperada e verificada, contendo o selo marcado. Finalmente, em seu segundo julgamento, Edith foi considerada culpada e condenada a 12 meses de prisão com trabalhos forçados.
E então, você já teve uma treta de vizinhos que poderia ter virado caso de polícia como na história real de Pequenas Cartas Obscenas?