A Grande Descoberta: Quem eram Mohammed Ammouri e Anna-Lena Svenson, as vítimas do caso?
Descubra quem eram Mohammed Ammouri e Anna-Lena Svenson, as vítimas do caso explorado na série "A Grande Descoberta", da Netflix.
A Grande Descoberta, série da Netflix, trata sobre o duplo homicídio que abalou Linköping, na Suécia, em 2004. Mohammed Ammouri e Anna-Lena Svenson, foram brutalmente assassinados, mas quem eram essas pessoas antes do crime?
A seguir nós te contamos tudo sobre a vida de Mohammed Ammouri e Anna-Lena Svenson, que tiveram suas vidas perdidas e agora são homenageados na nova série da Netflix.
As vítimas de “A Grande Descoberta”: Quem eram Mohammed Ammouri e Anna-Lena Svenson?
Mohammed Ammouri, de apenas 8 anos, era o membro mais jovem de uma família libanesa que encontrou refúgio na Suécia após fugir da guerra.
Ele era o quinto filho de Hassan e Zainab Ammouri, um casal que imigrou para a Suécia buscando segurança e um futuro melhor para seus filhos.
Descrito pelos familiares como um “garoto cheio de vida”, Mohammed era conhecido por sua natureza carinhosa, brincalhona e por sua inteligência precoce. Ele adorava a escola, especialmente as aulas de matemática.
Segundo seus irmãos, seus interesses variavam entre futebol – ele jogava em um clube local chamado Derby – e outras aspirações que mudavam conforme sua curiosidade infantil.
“Às vezes dizia que queria ser jogador de futebol, outras vezes algo completamente diferente”, relembrou um de seus irmãos em entrevista na época do crime.
Na manhã de 19 de outubro de 2004, Mohammed insistiu em ir sozinho para a escola, algo que fazia com orgulho por se sentir “grande”. Infelizmente ele foi atacado a poucos quarteirões de casa.
Para sua família, Mohammed era um símbolo da esperança que a família buscava ao emigrar para a Suécia. Infelizmente a tragédia abalou os sonhos de todos.
Anna-Lena Svenson
Anna-Lena Svenson, de 56 anos, era uma mulher que dedicou a maior parte de sua vida à educação.
Professora de línguas para imigrantes, ela era descrita como uma profissional apaixonada, alguém que via no ensino uma forma de ajudar os outros a construírem um futuro melhor.
Casada desde 1969, Anna-Lena e seu marido tinham acabado de comemorar o noivado da filha e estavam planejando um jantar de celebração. Naquela manhã de outubro, Anna-Lena saiu de casa para mais um dia de trabalho.
O trajeto até seu local de trabalho, a poucos minutos de casa, era algo rotineiro para Anna-Lena. Mas nesse dia, ao passar pela rua onde Mohammed foi atacado, Anna-Lena testemunhou a cena e, ao tentar ajudar, foi esfaqueada brutalmente pelo mesmo agressor.
Segundo o marido de Lena, a esposa e ele viam frequentemente Mohammed passar em frente a casa quando ia ou voltava da escola, e ele sempre os cumprimentava. Isso pode ter motivado ainda mais a atitude da mulher em tentar ajudar o menino na hora do ataque.
Segundo os socorristas que chegaram ao local, a professora ainda teve forças para perguntar, no hospital, sobre o estado de Mohammed, mas faleceu em seguida.
O caso de Anna-Lena e Mohammed foi solucionado em 2020 pelo uso da genealogia de DNA, com a prisão de Daniel Nyqvist, homem com problemas mentais que assassinou ambos justificando que “ouvia vozes”.
Nyqvist foi condenado a internamento psiquiátrico por tempo indeterminado e a pagar uma indenização à família de Mohammed. A família de Anna-Lena não entrou com pedido de indenização.