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Filmes sobre Charles Manson, tema de novo documentário da Netflix

Charles Manson é tema de um novo documentário da Netflix que estreou essa semana, e aqui estão filmes que já trataram dos crimes do assassino.


A Netflix estreou nesta semana Caos: Os Crimes de Charles Manson, um documentário que reabre o debate sobre um dos assassinatos mais chocantes da história dos Estados Unidos e que já foi tema de diversos filmes ao longo das décadas.

A produção investiga uma teoria da conspiração que liga Manson e sua seita ao programa de controle mental da CIA, o MKULTRA. Com imagens de arquivo e entrevistas, o documentário traz novas interpretações para um caso que há décadas fascina e aterroriza o público.

Mas, além do documentário, o cinema já explorou os crimes da “Família Manson” em diferentes abordagens, desde recriações fiéis dos eventos até narrativas mais livres e estilizadas. Confira alguns filmes sobre Charles Manson e seus crimes.

Helter Skelter (2004) – O retrato mais fiel do caso

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Baseado no livro Helter Skelter, escrito pelo promotor Vincent Bugliosi, este filme é uma das adaptações mais detalhadas dos assassinatos cometidos pela “Família Manson”.

A produção para TV segue os eventos reais desde o planejamento dos crimes até o julgamento de Manson e seus seguidores.

Diferente de outros filmes sobre o caso, Helter Skelter foca no trabalho de investigação e no impacto da influência de Manson sobre seus seguidores.

O longa mostra como ele manipulava jovens vulneráveis para cometer atos brutais em seu nome, impulsionado por sua interpretação distorcida da música dos Beatles e por sua crença em uma iminente guerra racial chamada “Helter Skelter”.

Se o objetivo é compreender os crimes de maneira factual, esta é uma das produções mais fiéis à realidade. O filme não romantiza Manson nem tenta criar novas narrativas em torno dele, mostrando-o como um manipulador que usava violência e medo para controlar sua seita.

Charlie Says (2018) – O olhar das mulheres da seita

Diferente de Helter Skelter, que acompanha o caso sob a ótica da justiça, Charlie Says mergulha na perspectiva das mulheres que participaram dos crimes.

A história é contada através das experiências de Leslie Van Houten (Hannah Murray), Susan Atkins (Marianne Rendón) e Patricia Krenwinkel (Sosie Bacon), todas condenadas pelos assassinatos.

O filme retrata como essas mulheres foram seduzidas pelas ideias de Manson (interpretado por Matt Smith) e como ele criou um sistema de controle psicológico dentro da “Família”.

O título do filme vem do fato de que, na seita, as mulheres só podiam agir ou pensar com a aprovação de Manson – sempre justificando suas ações com “Charlie diz”.

O grande diferencial de Charlie Says é que ele se preocupa menos com a violência gráfica e mais com a construção psicológica das personagens.

O filme tenta entender o que levou jovens a se envolverem nesses crimes e como elas lidaram com suas ações depois da prisão. Embora tenha liberdade criativa em alguns momentos, ele se mantém próximo da realidade ao basear-se nos relatos das próprias seguidoras de Manson.

Era Uma Vez em Hollywood (2019) – Uma versão alternativa dos fatos

'Era Uma Vez em Hollywood', um dos maiores sucessos de Tarantino, finalmente chegou na Netflix (Imagem: Reprodução/ Columbia Pictures)

Dirigido por Quentin Tarantino, Era Uma Vez em Hollywood usa os eventos reais como pano de fundo para contar uma história completamente ficcional.

O filme se passa em 1969 e acompanha Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), um ator em decadência, e seu dublê Cliff Booth (Brad Pitt), que acabam se envolvendo indiretamente com a “Família Manson”.

O longa apresenta personagens reais, como Sharon Tate (Margot Robbie) e Charles Manson (Damon Herriman), mas altera os eventos históricos de maneira significativa. Ao invés de seguir o desfecho trágico da noite de 9 de agosto de 1969, Tarantino reimagina um cenário em que Dalton e Booth enfrentam os seguidores de Manson.

Com sua estética vibrante e tom satírico, Era Uma Vez em Hollywood não busca ser uma aula de história, mas sim uma reflexão sobre a cultura da época e um tributo à Sharon Tate.

Cada um desses filmes aborda os crimes de Charles Manson de uma maneira única. Helter Skelter é o mais fiel aos fatos, Charlie Says se aprofunda na mente das seguidoras de Manson, enquanto Era Uma Vez em Hollywood reimagina os eventos em um cenário fictício.

Agora, com o lançamento de Caos: Os Crimes de Manson, a Netflix adiciona uma nova camada de mistério ao caso, explorando a possibilidade de envolvimento da CIA nos eventos.

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.