The Electric State – Por que a crítica está detonando o novo filme milionário da Netflix?
"The Electric State" já chegou na Netflix, mas está sendo detonado com força pela crítica. Entenda e veja se vale a pena assistir.
Nem todo blockbuster nasce para brilhar. The Electric State, nova aposta da Netflix, chegou com um orçamento astronômico de mais de 300 milhões de dólares, um elenco estrelado e a promessa de uma grande aventura sci-fi, mas, na prática, a recepção da crítica não foi nada animadora.
Dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo, os mesmos de Vingadores: Ultimato, o filme estrelado por Millie Bobby Brown e Chris Pratt virou alvo de críticas pesadas antes mesmo de sua estreia. Mas será que a produção merece todo esse ódio?
The Electric State estreia com “hate” da crítica: entenda

Se tem algo que a crítica especializada não perdoa, é um grande orçamento desperdiçado. E, segundo os especialistas, foi exatamente isso que aconteceu aqui.
A trama do filme se passa em um futuro alternativo dos anos 1990, onde robôs convivem com humanos, até que uma revolta dos androides leva à sua expulsão para uma zona isolada.
No meio disso, a protagonista Michelle (Millie Bobby Brown) parte em uma jornada para encontrar seu irmão desaparecido, ao lado do contrabandista Keats (Chris Pratt) e um robô amigável chamado Cosmo.
O problema, segundo os críticos, não está na ideia em si, mas na execução. O New York Post chamou o filme de “uma mistura genérica e sem alma de várias ideias recicladas de ficções científicas melhores”. Já o The Guardian criticou a falta de originalidade: “não há coração, apenas um monte de efeitos visuais caros sem propósito”.
Além disso, a atuação de Brown e Pratt foi considerada sem brilho.
Enquanto a estrela de Stranger Things recebeu críticas por sua performance “apática”, Pratt foi acusado de repetir seu papel de sempre – um mercenário canastrão que parece saído diretamente de Guardiões da Galáxia.
Um fracasso de mais de 300 milhões de dólares

A Netflix investiu pesado no filme, colocando The Electric State entre os 13 filmes mais caros da história do cinema. Mas será que o investimento vai se pagar?
Se depender da recepção inicial, a resposta é não.
No Rotten Tomatoes, o filme amarga uma nota de 20% entre os críticos, e no Metacritic, pontua apenas 32 de 100. O Hollywood Reporter chegou a dizer que The Electric State “não parece um filme de verdade, mas sim uma imitação de um”.
O visual do filme impressiona, mas é considerado vazio. Apesar dos efeitos especiais de alto nível, os robôs são descritos como “bonecos sem personalidade”.
O roteiro segue um caminho previsível, sendo apontado como uma mistura sem graça de O Exterminador do Futuro, Mad Max e Jogador Nº 1. Os diálogos também não ajudam, com muitas piadas forçadas e referências nostálgicas que não funcionam.
Os irmãos Russo, que brilharam na Marvel, vêm acumulando uma sequência de projetos abaixo da média na Netflix, como O Agente Oculto e Cherry. Agora, com The Electric State, a reputação da dupla fica ainda mais abalada.
Mas e você, deveria assistir?

Se você gosta de ficção científica cheia de visuais grandiosos, robôs e uma pegada nostálgica dos anos 90, pode valer a pena dar uma chance ao filme.
Apesar das críticas, The Electric State ainda pode agradar quem busca puro entretenimento sem grandes expectativas.
No fim das contas, todo filme tem seu público. E, com um elenco estrelado e um universo visualmente interessante, The Electric State pode encontrar espaço entre os assinantes da Netflix – mesmo que não entre para a história como um grande sucesso.
Agora, a decisão é sua: encarar as quase duas horas e meia de filme ou pular essa produção?