iHostage: Conheça a história real por trás do novo suspense da Netflix
"iHostage" é um suspense criminal que chegou há alguns dias na Netflix e é baseado em uma história real, que nós te contamos aqui.
Imagine estar no lugar errado, na hora errada — tipo entrando numa Apple Store para comprar um fone de ouvido e sair como refém de um homem armado com explosivos. Pois é exatamente esse tipo de tensão que a Netflix entrega com iHostage, seu novo thriller holandês baseado em uma história real.
Com direção de Bobby Boermans e roteiro de Simon de Waal, o filme aposta em realismo e uma grande carga emocional, e a seguir você conhece o caso real que inspirou o longa.
Sinopse de iHostage

No filme, conhecemos Ilian (Admir Sehovic), um homem comum que só queria recuperar seus AirPods.
Mas o que era pra ser uma simples visita à loja da Apple no bairro de Leidseplein, em Amsterdã, vira um pesadelo.
O lugar é invadido por Ammar (Soufiane Moussouli), um homem armado que dispara contra o teto e toma Ilian como refém, revelando um colete com explosivos e exigindo €200 milhões em criptomoedas e passagem segura para fugir do país.
Enquanto mais de 40 pessoas se escondem em diferentes partes da loja, a polícia monta uma operação que inclui snipers, helicópteros e Lynn (Loes Haverkort), a responsável pelas negociações, que precisa manter a calma e lidar com as oscilações emocionais do sequestrador.
A história real por trás de “iHostage”

O que torna iHostage ainda mais impactante é que tudo isso aconteceu — de verdade. Em 22 de fevereiro de 2022, por volta das 17h30, um homem armado invadiu a loja da Apple no térreo do histórico prédio Hirsch & Cie, no centro de Amsterdã.
Ele fez cerca de 70 pessoas reféns, algumas escondidas em armários, outras trancadas em salas de estoque. Entre elas, um homem búlgaro de 44 anos acabou sendo usado como escudo humano na vitrine da loja.
O autor do sequestro foi identificado como Abdel Rahman Akkad, de 27 anos, já conhecido pela polícia por posse de armas e episódios anteriores de assédio.
Naquele dia, ele entrou na loja com uma pistola e uma metralhadora, exigindo cerca de €200 milhões em Bitcoin e uma rota de fuga. Durante a negociação com a polícia, ele chegou a enviar mensagens e selfies para canais de imprensa e redes sociais, tentando ganhar visibilidade e pressionar as autoridades.
O impasse durou cinco horas. Por volta das 22h30, Akkad pediu água. A polícia aproveitou esse momento e usou um robô para levar a garrafa até a porta da loja. Foi aí que o refém búlgaro teve uma chance e correu para fora do prédio.
Akkad saiu correndo atrás — mas nesse instante foi atropelado por uma viatura da polícia tática que aguardava o momento certo. O impacto foi forte e viralizou nas redes sociais quase instantaneamente.
O suspeito foi levado ao hospital com vida, mas morreu no dia seguinte em decorrência dos ferimentos. Posteriormente, foi confirmado que os explosivos que ele carregava eram falsos. Nenhum refém sofreu ferimentos graves.
A ação final da polícia gerou muita discussão na Holanda. Alguns consideraram a manobra com o carro “ousada e necessária”, enquanto outros viram como um uso excessivo da força.
Mesmo assim, o Ministério Público concluiu que o agente responsável agiu corretamente, e nenhuma acusação foi feita.