A fantástica história real por trás de “Batalhão 6888” da Netflix
"Batalhão 6888" é o novo filme da Netflix, e a historia real por trás dele, não poderia ser mais inspiradora. Conheça!
Recém-lançado na Netflix, o filme Batalhão 6888 promete trazer para as telas uma história real impressionante, mas até então pouco conhecida, da Segunda Guerra Mundial.
Dirigido por Tyler Perry e com Kerry Washington no papel principal, o filme acompanha o trabalho do 6888º Batalhão Postal do Women’s Army Corps, um grupo composto majoritariamente por mulheres negras. Por trás dessa narrativa, há uma história de coragem, determinação e luta por igualdade que merece ser contada.
Sobre o filme
Baseado no artigo “Fighting a Two-Front War”, de Kevin M. Hymel, Batalhão 6888 é um tributo às mulheres que, contra todas as probabilidades, desempenharam um papel crucial ao serem responsáveis pela correspondência dos soldados na linha de frente da Segunda Guerra.
O elenco inclui nomes de peso como Oprah Winfrey, Susan Sarandon e Dean Norris, além de Kerry Washington interpretando a Major Charity Adams, uma líder que enfrentou preconceitos raciais e de gênero para comandar sua equipe.
A produção retrata não apenas os logísticos enfrentados pelo batalhão, mas também os problemas sociais da época, como o racismo e o sexismo dentro do Exército dos Estados Unidos.
A história real de “Batalhão 6888”
O 6888º Batalhão Postal foi uma unidade única. Formado por 855 mulheres negras, foi o único grupo desse tipo enviado ao exterior durante a Segunda Guerra Mundial.
Elas tinham uma missão clara: lidar com 17 milhões de correspondências acumuladas em armazéns na Inglaterra e França.
A frase que guiava o batalhão, “No mail, low morale” (“Sem correspondência, baixa moral”), demonstrava a importância de seu trabalho para elevar o espírito dos soldados na linha de frente.
Lideradas pela Major Charity Adams, a unidade desenvolveu um sistema inovador para catalogar as cartas e pacotes, enfrentando desafios como cartas com endereços incompletos e correspondências danificadas.
Trabalhando em turnos de 24 horas, elas completaram a tarefa em apenas três meses – metade do tempo inicialmente previsto.
Além das dificuldades do trabalho, as mulheres do “Six Triple Eight” enfrentaram preconceitos significativos. Apesar da segregação racial e do tratamento desigual por parte de alguns oficiais, elas se destacaram, mostrando competência e resiliência. Em algumas situações, chegaram a usar jiu-jitsu para afastar visitantes indesejados.
No entanto, após a guerra, não houve homenagens públicas imediatas. A contribuição do batalhão foi amplamente ignorada até décadas depois, quando começaram a surgir iniciativas para reconhecer seu papel.
Em 2022, o Congresso dos Estados Unidos concedeu ao batalhão a Medalha de Ouro do Congresso, uma das maiores honrarias civis do país.
Além de contar essa história, o novo filme da Netflix fez questão de usar elementos reais dessa passagem histórica, como é o caso dos verdadeiros uniformes de Charity Adams, usados durante a missão.
E então, você já assistiu a essa estreia fresquinha da plataforma?