Joey King é princesa que salva a si mesma em novo filme do Star+. Vale a pena assistir?

Já faz um tempo que as histórias de contos de fada assumiram uma posição mais progressiva onde, nem sempre, suas princesas precisam de um “príncipe” para salvar suas vidas. Essa é a premissa básica do filme A Princesa, estrelado por Joey King, que chegou na última sexta-feira (22) ao Star Plus.

Dirigido por Le-Van Kiet, o filme se passa em séculos passados, mas com a ideia de uma princesa contemporânea que precisa lutar por si mesma e pelos seus se não quiser ter um destino trágico.

O filme deve ser um dos mais assistidos do Star Plus nesse final de semana, e a seguir a gente te conta se realmente vale a pena dar uma chance para essa produção.

Sobre A Princesa

Em um reino medieval governado por um rei pacífico, a princesa mais velha é treinada secretamente nas artes da guerra.

Sem filhos homens, o rei decide casar sua filha mais velha com o filho de um diplomata real, no entanto, sabendo que seu pretendente é um sociopata cruel, a princesa acaba abandonando-o no altar.

Seu ato acaba despertando a ira do noivo recusado, que com a ajuda de mercenários, acaba tomando o controle do castelo à força, enquanto prende a princesa em uma torre.

Sabendo que não poderá contar com ninguém além de si mesma para salvar seu reino, a jovem fará de tudo para se libertar, salvar sua família, e acabar com o risco oferecido por seu noivo rejeitado.

Produção

A produção de A Princesa iniciou em outubro de 2020, quando a 20th Century Studios comprou os direitos do roteiro dos criadores Ben Lusting e Jake Thornton.

Os direitos de distribuição do filme foram adquiridos pela Hulu, o principal streaming Disney nos Estados Unidos, enquanto no restante do mundo o filme deveria fazer parte dos catálogos do Star Plus e do Disney Plus.

O lançamento de A Princesa aconteceu em 1º de julho nos Estados Unidos, e em 22 de julho na América Latina.

Elenco

Como já dito, a estrela principal de A Princesa é Joey King, atriz que se tornou muito popular nos últimos anos após protagonizar a série The Act, que lhe rendeu uma indicação ao Emmy, e a trilogia de filmes da Netflix, A Barraca do Beijo.

O antagonista do filme ficou sob a responsabilidade de Dominic Cooper, ator mais conhecido por interpretar o jovem Howard Stark (o pai do Homem de Ferro) no MCU, e Sky nos dois filmes Mamma Mia!.

Além dos dois, outros nomes no elenco são Olga Kurylenko, Veronica Ngo, Alex Reid, Ed Stoppard, Katelyn Rose Downey, entre outros.

Vale a pena assistir A Princesa no Star+?

Um roteiro ruim e uma performance muito boa e convincente de Joey King é o que você vai encontrar nesse longa-metragem que realmente não tem nada de inovador, mas consegue divertir bastante com as variadas passagens da protagonista fugindo de situações impossíveis durante, praticamente, o filme inteiro.

Se fossemos avaliar A Princesa apenas por seu visual fotográfico, suas coreografias de batalha, e as pequenas cenas aleatórias, completamente hilárias e imprevisíveis, que aparecem em meio ao caos, poderíamos dizer que esse é um grande filme.

Mas infelizmente, a produção não consegue construir uma narrativa relevante, e seus diálogos terrivelmente previsíveis e rasos estragam o que poderia ser uma experiência bastante completa e visceral sobre uma jovem em um período medieval lutando por autonomia e a queda do patriarcado.

De fato, A Princesa é um filme feministas, mas sem profundidade, limitando sua protagonista a atos extremos de sobrevivência contra seus inimigos (a maioria homens) e frases de impacto que acabam não dizendo muito mais que o óbvio.

Aliás, chega a ser um pecado que King e o ótimo elenco de A Princesa não tenham tido um material narrativo mais rico para trabalhar já que é notável o quão bom seus personagens realmente seriam se a história tivesse uma abordagem menos simplista.

Mas, justiça seja feita, o longa melhora consideravelmente do meio para o final, se não em seus diálogos, ao menos no despertar de interesse para terminar de ver a história.

Enfim, a sensação ao assistir A Princesa até o final é que o filme não é bom… mas também não é de todo o ruim.

Se o espectador não estiver esperando muito mais que lutas com espadas, arco e flecha e uma jovem descendo a porrada em um monte (centenas mesmo) de machos escrotos, esse filme pode ser o entretenimento perfeito para o seu final de semana.

Agora se o desejo for por algo um pouco mais complexo e com menos clichês, pode ser melhor passar longe dessa opção no Star Plus.

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