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As Crianças Perdidas: Relembre o caso que embasou o documentário de sucesso da Netflix

"As Crianças Perdidas" é o novo documentário da Netflix que reconta em detalhes um dos casos de resgate mais memoráveis dos últimos tempos.


Se você é fã de histórias reais que misturam emoção, coragem e uma dose de sobrevivência no limite, As Crianças Perdidas, documentário disponível na Netflix, precisa estar na sua lista.

A produção reconta o extraordinário caso de quatro crianças indígenas que, após um trágico acidente aéreo na Amazônia colombiana, sobreviveram sozinhas na floresta por mais de 40 dias.

A história, dirigida pelo premiado Orlando von Einsiedel, vai além do drama e da adrenalina, mostrando o poder do conhecimento ancestral e a força do espírito humano.

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O documentário

A trama de As Crianças Perdidas não é apenas sobre um acidente ou uma operação de resgate, mas sobre resistência.

Após a queda de um avião em meio à selva amazônica, quatro crianças, com idades entre 1 e 13 anos, enfrentam fome, perigos naturais e o isolamento.

O que faz dessa narrativa algo único é a forma como seus conhecimentos ancestrais indígenas foram cruciais para sua sobrevivência.

Dirigido pelo vencedor do Oscar Orlando von Einsiedel, o documentário também celebra o trabalho coletivo que culminou em um resgate improvável.

O caso real por trás do novo documentário da Netflix

A história real que inspirou As Crianças Perdidas começa em 1º de maio de 2023, quando um avião Cessna 206 cai em uma área remota da floresta colombiana.

No acidente, três adultos, incluindo a mãe das crianças, perderam a vida. Os pequenos passageiros – Lesly, Soleiny, Tien e Cristin – sobreviveram e se viram sozinhos em um dos ambientes mais hostis do planeta.

O que veio a seguir foi uma das operações de resgate mais complexas da história recente. Cerca de 120 militares, 70 indígenas e 11 aeronaves foram mobilizados na missão apelidada de “Operação Esperança”.

O Exército usou estratégias incomuns, como mensagens em alto-falantes gravadas pela avó das crianças, pedindo que elas permanecessem no mesmo local. No meio da busca, rastros como frutas mordidas, uma mamadeira rosa e abrigos improvisados davam sinais de que elas estavam vivas.

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Apesar de todos os esforços, as crianças continuaram em movimento, dificultando o resgate. Um detalhe comovente da operação foi a participação de Wilson, um cachorro de resgate que chegou a encontrar as crianças, mas desapareceu na selva e até hoje não foi localizado.

Após mais de 40 dias na floresta, as crianças foram finalmente encontradas vivas em 9 de junho de 2023. Elas estavam desidratadas, cobertas por picadas de insetos e visivelmente debilitadas, mas resistiram de forma impressionante.

Lesly, a mais velha, foi considerada uma heroína por cuidar dos irmãos menores durante todo esse período, colocando em prática os ensinamentos indígenas que recebeu sobre sobrevivência na floresta.

O acidente ocorreu enquanto a família viajava de Araracuara para San José del Guaviare. O pai das crianças, Manuel Ranoque, um líder indígena, estava esperando por eles após ter fugido de sua aldeia devido a ameaças de grupos armados ilegais.

Segundo informações, o piloto reportou problemas no motor momentos antes de o avião desaparecer do radar, culminando no trágico acidente.

O documentário As Crianças Perdidas já está na Netflix e dá ainda mais detalhes sobre essa história completa. Vale a pena assistir.

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.