Bandeira do Orgulho LGBTQI+ em “The Chosen” causou polêmica na série
"The Chosen" não conseguiu fugir das polêmicas, e uma pequena bandeira LGBTQI+ foi alvo de críticas para a série.
The Chosen é uma das séries mais assistidas atualmente e se viu em uma polêmica envolvendo uma pequena bandeira do orgulho LGBTQI+, que acabou gerando críticas por parte de grupos conservadores.
No ar desde 2019, o criador da série, Dallas Jenkins, sempre deixou muito claro a posição da produção em relação a acolher profissionais de várias crenças e estilos de vida, mas isso não blindou o programa contra o extremismo de alguns fundamentalistas.
Imagens da série onde bandeira LGBTQI+ aparecia gerou polêmica
A polêmica começou em junho de 2023, quando um vídeo promocional de The Chosen mostrou uma pequena bandeira do orgulho LGBTQI+ presa em um equipamento do set de filmagem.
Embora o símbolo tenha aparecido por apenas alguns segundos, isso foi o suficiente para provocar críticas intensas de grupos conservadores cristãos.
Muitos acusaram a série de endossar “valores contrários às Escrituras” e chegaram a pedir um boicote à produção. Artigos de veículos de mídia conservadora, como o The Federalist, afirmaram que a série estava se “rendendo ao ativismo woke” e sugeriram que Jenkins deixasse de contratar pessoas diversas ou enfrentasse uma possível queda de audiência.
Pessoas chegaram a pedir demissão do profissional
A controvérsia escalou ainda mais quando as redes sociais identificaram o funcionário responsável pela bandeira.
Jenkins relatou que esse profissional ficou profundamente incomodado ao perceber que havia atraído esse tipo de atenção para o programa, e ficado devastado ao se tornar alvo de críticas e pedidos de demissão.
Alguns espectadores exigiram que o funcionário fosse desligado da equipe, alegando que “a presença da bandeira LGBTQI+ era incompatível com a mensagem cristã da série”.
Felizmente, Jenkins, reiterando sua posição de libertário, rejeitou veementemente os pedidos absurdos e defendeu seu colaborador.
“Eu te amo. Faça seu trabalho. Não se preocupe com isso”, disse o diretor ao funcionário, segundo ele mesmo relatou em entrevista ao The Hollywood Reporter.
O diretor também gravou uma longa resposta em vídeo no YouTube, esclarecendo (mais uma vez) que a equipe de The Chosen inclui pessoas de diversas origens religiosas e políticas, e que a série não faz discriminação com base em crenças pessoais.
Jenkins foi claro ao dizer que, para ele, o critério mais importante é a qualidade do trabalho desempenhado e o respeito mútuo, independentemente de crenças pessoais. Ele reafirmou que o ambiente de trabalho da série é inclusivo, e que The Chosen não é uma igreja e não usa um sistema de crenças rígido.
Felizmente, mesmo diante da polêmica e dos pedidos de boicote, a popularidade da série não foi abalada, e permanece aumentando entre religiosos e até mesmo entre não-religiosos.
O programa está, atualmente, produzindo sua 5ª temporada. Todas as quatro temporadas anteriores podem ser assistidas na Netflix, Amazon Prime Video ou no site oficial da série, de forma gratuita.