Big Vape: Entenda a crise de cigarro eletrônico do novo documentário da Netflix

Big Vape é um novo documentário da Netflix que chegou à plataforma para contar o caso de uma startup que, após desafiar a indústria de tabaco, acabou se tornando a protagonista de uma crise de saúde envolvendo cigarros eletrônicos.

Jull, startup em questão, é a criadora do vaping (cigarro eletrônico) mais famoso dos EUA, e o grande diferencial da empresa para outras que comercializam produtos parecidos, é que ela decidiu voltar a maior parte de sua publicidade para crianças e adolescentes.

Como era de se esperar, essa abordagem, além de alegações da empresa de que seu cigarro eletrônico seria preferível se comparado aos cigarros comuns, vem causando polêmica há anos. O problema é que, dessa vez, a polêmica possui precedentes realmente assustadores, que vem alertando autoridades em todo o mundo.

Big Vape: Uma crise de saúde com consequências sérias

Big Vape cigarro eletrônico netflix

Controlando cerca de 50% do mercado de cigarros eletrônicos nos EUA, a Jull é considerada uma das principais responsáveis pela crise de doenças pulmonares que vem afetando jovens no país.

Conforme relatou a Time, em 2019, na época a empresa estava sendo investigada por seus produtos supostamente serem agravantes para 400 tipos de doenças pulmonares, além de poderem estar associados a seis mortes.

Os casos levaram vários estados dos EUA como Nova York, São Francisco e Michigan a proibirem a comercialização de cigarros eletrônicos com sabor, dado seu apelo sobre o público jovem. Além disso, conforme mostrado em Big Vape, a startup passou a ser processada formalmente por esses e outros estados.

Entre as principais acusações contra a empresa estava a alegação de que no início de sua entrada no mercado, a empresa simplesmente não deixava claro a seus clientes que os cigarros eletrônicos da Jull possuiam nicotina. Ou seja, não havia nenhum alerta de que o uso do vape poderia causar vício.

Além disso, investigações dos estados ainda descobriram que a empresa sabia que seus produtos estavam sendo comercializados para menores de idade, e na época, fez pouco para tentar contornar o problema.

Como resultado de alguns dos julgamentos pelos quais a empresa já passou, vários acordos financeiros foram fechados, totalizando mais de 3 bilhões de dólares que a empresa deverá arcar com estados, justiça e indivíduos diretos.

Para além disso, a Jull precisou assinar acordos que garantem que a empresa não direcionará mais seu marketing ao público jovem, e não pode fazer propaganda em alguns setores midiáticos, como plataformas de realidade virtual.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para materiais em vídeo. Pseudo-cinéfila e apaixonada por todo universo Geek.
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