Caso de “O Diabo no Tribunal” inspirou um dos filmes de terror mais famosos do cinema!

O Diabo no Tribunal é um novo documentário da Netflix que apresenta um caso de suposta possessão demoníaca que foi parar no tribunal após um assassinato ser cometido. Essa história te parece familiar? Se sim, é porque você deve ter assistido ao filme Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio.

Pois é, um dos filmes de terror de maior sucesso do cinema contemporâneo foi baseado no caso real de David Glatzel e Arne Cheyenne Johnson, dois moradores de Connecticut que nos anos 80 alegam terem sido possuídos por uma entidade demoníaca.

No filme, Ed e Lorraine Warren, os demonologistas mais conhecidos dos EUA, são chamados para realizar o exorcismo do garoto Glatzel, de 8 anos. Em meio ao exorcismo, no entanto, Arne, namorado da irmã do menino, convida a entidade a se apossar dele e deixar o pequeno cunhado em paz.

Um mês após o exorcismo, Arne mata seu senhorio à facadas, alegando que não se lembra de nada e que o crime foi motivado pela entidade que passou a dominá-lo. Dessa forma, os Warren passam a investigar uma maldição deixada por uma bruxa, responsável pelas possessões, ao mesmo tempo que tentam auxiliar Arne no primeiro julgamento por homicídio alegadamente por possessão dos EUA.

Apesar de vários elementos do filme terem sido colocados na história por simples necessidade de dramatização, assistindo ao documentário da Netflix, percebemos que grande parte da história foi adaptada à risca.

O verdadeiro caso exposto em “O Diabo no Tribunal”

O caso real exposto em O Diabo no Tribunal é semelhante ao apresentado no filme famoso.

Segundo o documentário, após Debbie Glatzel e Arne Johnson se mudarem com a família dela para uma nova casa, o irmão de 11 anos (não como no filme), David, alegou que uma entidade estranha ameaçou roubar sua alma.

Após esse relato, que no dia não foi realmente levado a sério por ninguém, David passou a ter episódios estranhos onde parecia ter sido possuído por algo, rosnado e tendo convulsões.

Após a família detectar que hematomas e ferimentos estranhos começaram a aparecer no menino, eles entraram com um pedido de exorcismo na igreja, além de convocarem os Warren para auxiliá-los.

Da mesma forma que no filme, Arne teria provocado a suposta entidade demoníaca a se apossar dele.

Meses após o exorcismo, Arne passou a ter episódios semelhantes ao de David, mesmo após ter se mudado com Debbie para um apartamento próximo ao novo trabalho dela como tratadora de cães para Alan Bono.

Em 16 de fevereiro de 1981, Arne matou Alan Bono com um canivete após uma discussão acalorada depois do patrão de Debbie ter bebido demais e ter maltrado uma das irmãs de Arne, de apenas 9 anos.

Segundo o relato de Debbie e sua cunhada, Wanda, antes do acontecido, Arne rosnava e parecia em transe, da mesma forma que ficava durante seus supostos episódios de possessão.

Assim, Arne acabou sendo preso, mas alegava que simplesmente não se lembrava do assassinato.

Assim, iniciava a corrida de seu advogado, os Warren e a família de Debbie para provar que ele havia cometido o crime motivado pela entidade que o possuíra.

No final do caso, o juiz decidiu não aceitar a justificativa de possessão, e ao invés disso, Arne foi acusado por homicídio por legítima defesa.

Na conclusão do caso, ele foi condenado à 20 anos de prisão, porém, foi libertado após 5 anos. Ele e Debbie já haviam se casado enquanto ele estava preso, e após sua libertação, tiveram filhos e viveram juntos até o falecimento dela, em 2021.

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