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Conheça a história real por trás de “A Baleia” filme que está emocionando assinantes da Netflix

"A Baleia" é um dos filmes recém-chegados à Netflix, com uma história impactante inspirada em experiências da história real de seu autor.


Alguns filmes conseguem tocar profundamente o coração do público, e A Baleia é um deles. Recém-chegado à Netflix, o longa dirigido por Darren Aronofsky e estrelado por Brendan Fraser rapidamente se tornou um dos mais assistidos da plataforma, com sua inspiração na história real de vida de seu criador, Samuel D. Hunter.

Adaptação de uma peça de teatro de mesmo nome, o filme explora temas delicados, como solidão, culpa e a busca por redenção.

A Baleia história real netflix

Sinopse de “A Baleia”

Charlie (Fraser), é um professor de inglês recluso que enfrenta a obesidade severa e as complicações de saúde que vêm com ela. Ele passa os dias lecionando aulas online com a câmera desligada, escondendo-se do mundo.

Charlie abandonou a família anos antes para viver um romance homoafetivo e foi mergulhado em um ciclo de compulsão alimentar após a morte de seu parceiro.

Agora, ele tenta se reconectar com sua filha adolescente, Ellie (Sadie Sink) antes que sua saúde piore de vez, mas a relação entre os dois é tensa e cheia de ressentimentos.

A história é profundamente humana, explorando como o luto e a desconexão podem moldar vidas.

A Baleia

A história real que inspirou “A Baleia”

Embora “A Baleia” não seja diretamente a adaptação de uma história real, sua origem está profundamente conectada à vida e as experiências de Samuel D. Hunter, autor da peça original e roteirista do filme.

Hunter cresceu em Moscow, uma pequena cidade em Idaho, onde sua adolescência foi marcada por momentos de isolamento e preconceito.

Ao ser transferido para uma escola evangélica, ele enfrentou dificuldades de aceitação, especialmente ao se descobrir gay.

Em um ponto crítico, sua orientação sexual foi descoberta, o que levou a um confronto com a administração da escola e a necessidade de envolver sua família na situação.

Samuel D. Hunter criador de A Baleia

Ele relembra episódios em que líderes religiosos tentaram convertê-lo e sugeriram que, ao aceitar a religião, ouviria a “voz de Jesus” em sua vida, algo que Hunter tentou seguir, mas nunca experienciou da forma prometida.

Essa experiência gerou uma sensação de inadequação e internalização de culpa, que acabaram moldando sua escrita.

Eventualmente, Hunter foi transferido para uma escola pública, mas os impactos psicológicos desse período foram profundos e prolongados.

Durante a juventude e a transição para a vida adulta, assim como Charlie,  Hunter começou a enfrentar episódios de depressão. Ele admite que, assim como o protagonista, buscou conforto na comida, usando-a como uma forma de lidar com o peso emocional de seus traumas.

Mais tarde, Hunter encontrou apoio em sistemas de terapia e em seu marido, com quem está desde 2005. No entanto, ele revelou que, ao escrever “A Baleia”, decidiu imaginar o que poderia ter acontecido se ele não tivesse encontrado essas “saídas” e permanecido preso na mesma cidade, sem o suporte que o ajudou a reconstruir sua vida.

Outro ponto em sua vida que inspirou a história contada no cinema, foi sua experiência como professor universitário.

Enquanto ensinava redação expositiva, ele frequentemente desafiava seus alunos a escreverem com sinceridade, mesmo que isso os deixasse vulneráveis. Esse exercício serviu como ponto de partida para o desenvolvimento da narrativa de “A Baleia” e do personagem de Charlie, que utiliza um método semelhante em suas aulas.

Hunter revelou que distribuiu partes de si mesmo em diferentes personagens da história.

Além de Charlie, a trama reflete sua vivência no namorado falecido do protagonista, cuja morte desencadeia um colapso emocional, e até no jovem missionário que tenta levar sua mensagem religiosa até o professor.

Portanto, embora a história de Charlie não seja a biografia de Hunter, ela está profundamente enraizada em suas experiências.

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.