Leve e despretensioso, filme turco é CAMPEÃO de audiência na Netflix. Vale a pena ou é só “mais do mesmo”?

É realmente impressionante como a maior parte dos assinantes da Netflix simplesmente não resiste à uma comédia romântica. A despeito de inúmeras opções desse gênero, e muitas histórias parecidas, disponíveis na plataforma, os usuários com muita frequência colocam novos títulos assim entre os mais assistidos.

Conselheira do Amor, por exemplo, une o amor que os espectadores tem por romances cômicos, com a recém-descoberta atração por produções vindas diretamente da Turquia. Dessa forma, já há alguns dias o filme está no top 10 de mais acessados pela audiência.

Mas será que isso significa que Conselheira do Amor realmente possui algum grande diferencial que o destaca entre os outros títulos do mesmo gênero? Ou seria esse apenas mais um caso de “clickbait”, em que o espectador vai encontrar apenas a mesma história que já assistiu outras tantas vezes?

Bem, sobre isso, nós já temos uma resposta para você. Confira nos próximos parágrafos.

Sobre Conselheira do Amor

Leve e despretensioso, filme turco é CAMPEÃO de audiência na Netflix. Vale a pena ou é só mais do mesmo

Azra (Bensu Soralé uma profissional peculiar, pois assume diversas identidades para se passar por professora particular de jovens meninas que precisam, de alguma forma, se encontrar em alguma área da vida.

A moça leva sua profissão a sério e o local onde mais encontra suas “clientes” é na universidade, onde acaba se infiltrando com certa frequência. É nesse lugar que ela acaba conhecendo a sobrinha da reitora, que a convence a ajudá-la a se destacar e conquistar um garoto popular.

Dessa forma, Azra age mais uma vez como mentora no campo amoroso, sempre com um bom conselho a dar para sua ingênua cliente.

Quando um novo, irritante, mas belo vizinho se muda para seu prédio, no entanto, Azra vai descobrir que seguir seus próprios conselhos amorosos é mais difícíl do que imagina.

Vale a pena assistir?

Conselheira do amor vale a pena na netflix
(Imagem: Reprodução/Netflix)

Bem, há duas formas de ver Conselheira do Amor: a primeira é realmente como uma comédia romântica, que sinceramente deixa bastante a deseja. Já a segunda, é apenas como uma comédia, que tira o foco do romance bobinho da protagonista, e entrega uma relação e um enredo mais interessante entre ela e sua “protegida”.

Logo no início do filme conhecemos Azra e Hande, a segunda, uma adolescente deslocada na universidade, sem experiências amorosas, sem amigos e com um gosto peculiar para a moda. Cansada de ser invisível, ela acaba chantageando Azra para que ela a ajude da mesma forma que já ajudou outras garotas.

Azra acaba aceitando a missão, e para o público esse é o verdadeiro motor do filme e não a insinuação de romance constante que se dá entre a professora particular e seu vizinho.

Não que Burak (Halit Özgür Sari), o vizinho, não tenha atributos para chamar a atenção do público, mas sem dúvidas o personagem também é mais interessante quando deixa de lado as investidas românticas, e passa a ajudar Azra em sua missão de evitar que suas protegidas se metam em encrenca.

Conselheira do Amor no geral é um filme leve, um pouco bobo, mas impressionantemente satisfatório em sua proposta. E sim, sua parte “romântica” é sim mais do mesmo, como já era de se esperar.

Assim, espere artifícios de enredo já vistos várias vezes, como: o casal que de início tem comportamento irritante um com o outro apenas para encobrir mútuo interesse; uma desavença desnecessária (e que não leva a lugar algum) no meio do enredo apenas para dar “emoção” à relação; e várias cenas e diálogos cafonas nos momentos em que ambos estão se acertando.

Para além disso, no entanto, o filme guarda o trunfo que é a profissão peculiar de sua protagonista.

Ainda que a narrativa seja rasa, com pouco aprofundamento em assuntos que poderiam ser melhor explorados, e por vezes arranhem opiniões que podem ser consideradas machistas (já esperadas em produções de um país tão conservador quanto a Turquia), há mérito no enredo que procura evidenciar a importância do acolhimento entre mulheres e meninas, e, mais para o final, uma reviravolta breve, mas interessante sobre um assunto atual e relevante.

Em resumo, um filme mediano, que vale sim a pena assistir na Netflix de modo despretensioso e que serve para descontrair uma tarde preguiçosa.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para materiais em vídeo. Pseudo-cinéfila e apaixonada por todo universo Geek.
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