Crítica: “Sandman” é uma verdadeira aula sobre adaptações e fantasia épica
O Sobre Sagas teve acesso antecipado a alguns episódios da 1ª temporada de "Sandman". Confira nossa crítica sobre a série de fantasia.
Desde que a Netflix confirmou, na última edição da Semana Geeked, que a série original “Sandman” seria sua principal aposta para o mês de agosto, os fãs da franquia têm aguardado ansiosos para conferir a adaptação dos livros de sucesso.
A plataforma de streaming liberou, na manhã dessa sexta-feira (5), todos os capítulos originais do título – e demorou poucas horas para que “Sandman” estivesse entre os assuntos mais comentados das redes, ao se tratar do mundo do entretenimento.
O Sobre Sagas, que teve acesso antecipado aos três primeiros capítulos da série, já teve a oportunidade de conferir a primeira temporada completa do título – que surpreende ao entregar uma produção de proporções épicas que explora muito bem o lado fantasioso e sombrio dos quadrinhos de Neil Gaiman. Confira, a seguir, nossa crítica SEM SPOILERS sobre a série:
Crítica da 1ª temporada de “Sandman”, da Netflix
Desde que a Netflix começou a investir em adaptações cinematográficas de franquias de sucesso, as produções da marca tem dividido opiniões ao se tratar da fidelidade aos conteúdos originais. Nesse sentido, os fãs dos quadrinhos de “Sandman” podem ficar despreocupados: a adaptação aqui apresentada não apenas retrata os acontecimentos em uma mídia, mas presta uma homenagem muito tocante e bem sintetizada sobre o núcleo dos livros.
Quem é fã dos quadrinhos irá reconhecer, em diversos momentos, algumas cenas que são adaptações fidedignas das ilustrações dos livros de Neil Gaiman. E é exatamente ao se manter fiel ao conteúdo original que “Sandman” consegue entregar uma história serializada em sua essência, onde cada episódio consegue prender o espectador em suas próprias tramas enquanto avançam, de forma gradual, em direção ao terceiro ato da história, diluído nos dois últimos capítulos.
Aqui, vale destacar que a escolha em retratar dois grandes arcos dos quadrinhos em uma única temporada talvez tenha sido uma das decisões criativas mais acertadas da série, já que o desenvolvimento da trama consegue manter um ritmo instigante enquanto apresenta, em diversos lugares desse universo, as premissas que torna a narrativa tão fantástica e digna de atenção.
Ao se tratar da narrativa, inclusive, vale salientar que “Sandman” é uma homenagem única ao gênero da fantasia épica que promete encantar todos os espectadores de produções do gênero. O fascínio pelo que que é maravilhoso encontra-se refletido na grandiosidade que os produtores deram aos elementos da série, e permite que o espectador se desprenda completamente dos preceitos do mundo real para embarcar na aventura proposta.
Outro elemento que contribui bastante para a suspenção da descrença, nesse caso, é o trabalho do departamento de arte da série. A monumentalidade dos cenários e a simbologia dos figurinos não só apenas contribuem para a concisão da história, mas certamente fará com que o título seja indicado a diversas categorias técnicas da temporada de premiações do próximo ano.
Para não dizer que tudo são flores, alguns espectadores podem se sentir incomodados com como os episódios 5 e 6, mesmo que grandiosos em suas individualidades, interligam-se aos dois principais núcleos da série, apresentados antes e depois deles. Essa possível desconexão, com tudo, é essencial para que o drama tome fôlego em sua narrativa e consiga, mais uma vez, valorizar o ritmo frenético dos seus outros acontecimentos.
Em um período de grandes sucessos proeminentes como “House of the Dragon” e “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder“, é seguro dizer que a Netflix acertou em cheio ao lançar “Sandman” como seu campeão para essa disputa. Épica e fantástica por definição, não deve demorar muito para que a série seja imortalizada como um padrão de qualidade para as produções futuras do streaming.
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