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Em “Dual” da Netflix, mulher e seu clone são obrigadas à duelar até a morte em um futuro de lei distópica

"Dual" é uma comédia de ficção científica que acaba de chegar à Netflix e é um dos filmes mais diferentes que você vai ver essa semana.


O que você faria se tivesse que lutar até a morte contra uma versão clonada de si mesmo? Dual, filme que acabou de chegar à Netflix, pega essa premissa inusitada e nos leva para um thriller cômico, questionando o valor da vida e da identidade de uma forma surpreendente.

Escrito e dirigido por Riley Stearns, o filme conta com a presença marcante de Karen Gillan e traz uma mistura de suspense, comédia e crítica social que consegue mexer com a cabeça de qualquer um, fazendo pensar o que faria no lugar de Sarah, a protagonista.

Dual filme Netflix

Sinopse de “Dual” na Netflix

No futuro próximo, clonagem humana é uma tecnologia acessível, uma espécie de seguro de vida que permite criar uma cópia de si mesmo para “substituir” sua existência quando a morte se aproxima.

Sarah (Karen Gillan) é uma mulher que vive sem grandes motivações, e tudo muda quando ela descobre que está com uma doença terminal e decide encomendar um clone seu para poupar seus entes queridos da dor de sua perda.

Só tem um pequeno problema nos planos da moça: a tal doença entra em remissão, e Sarah precisa confrontar o fato de que sua cópia perfeita agora não pretende abrir mão da sua vida. E mais, segundo a lei, a única forma de resolver essa situação é por meio de um duelo até a morte.

A tensão cresce à medida que Sarah, relutantemente, começa a se preparar para o duelo com a ajuda de Trent (Aaron Paul), um treinador durão e peculiar que ajuda a protagonista a se tornar fisicamente e mentalmente preparada para enfrentar a própria cópia.

Elenco

Karen Gillan brilha ao interpretar dois papéis simultâneos – Sarah e sua clone. Aaron Paul, dá vida a Trent, o treinador que mistura brutalidade e humor seco em seus métodos.

Dual filme Netflix

O elenco de apoio, ainda inclui Beulah Koale como Peter, o namorado de Sarah, e Sanna-June Hyde como a impassível médica que acompanha todo o processo de clonagem.

Porque você deveria assistir esse filme na Netflix?

Dual não é um típico filme de ação ou sci-fi cheio de efeitos especiais e explosões. Pelo contrário, é uma abordagem minimalista e bem diferente desse gênero, levando mais para a reflexão sobre identidade e mortalidade do que para a pura adrenalina.

Além disso, é muito interessante como o longa consegue assumir um humor sutil e atmosfera de estranheza,  quando poderia simplesmente assumir um tom sério e futurista, comum a esse tipo de narrativa.

A construção de mundo que Stearns propõe é supreendentemente fria e distante, uma escolha que se reflete nos diálogos simples e no ritmo controlado do filme. Isso pode afastar alguns espectadores que esperam uma narrativa convencional, mas é justamente essa abordagem diferente que faz de Dual um filme muito legal.

É uma história que faz pensar, com uma pitada de ironia, sobre como lidamos com a ideia de sermos “substituíveis” e como a sociedade lida com o progresso tecnológico de uma forma que parece fascinante, mas ao mesmo tempo, aterrorizante.

Se você gosta de filmes que fogem do comum, misturam gêneros e apresentam atuações fortes, Dual é uma opção que precisa entrar na sua lista da Netflix essa semana.

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.