“Em Nome do Céu”: Conheça a HISTÓRIA REAL que inspirou a minissérie do Disney+
Conheça a história do crime real que inspirou “Em nome do Céu”, produção protagonizada por Andrew Garfield disponível no Disney+.
Em Nome do Céu, é a nova minissérie do Disney+ protagonizada por Andrew Garfield, que chegou há poucos dias, mas já está entre as produções em alta da plataforma.
A minissérie é baseada no livro Under the Banner of Heaven: A story of Violent Faith, escrito por Jon Krakauer, sobre os assassinatos de Brenda Wrigth Lafferty, de 24 anos, e sua filha bebê de apenas 15 meses.
A minissérie chamou a atenção do público especialmente por abordar o fanatismo religioso por trás da investigação do detetive ficcional interpretado por Garfield, e a seguir a gente destrincha todos os fatos do caso real que serviram de inspiração para a jornada do personagem no seriado. Confira!
Sobre Em nome do Céu
Nesta minissérie de true crime que se passa em 1984, o detetive Jeb Pyre (Andrew Garfield) investiga os assassinatos de Brenda (Daisy Edgar-Jones) e sua filha numa pacata cidade de Utah.
Mas à medida em que Pyre descobre a história por trás do crime, ele passa a questionar a própria fé, já que é um mórmon devoto. Ao se aprofundar na investigação, o detetive ainda descobre questões sobre as origens da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD) que abalam sua visão de mundo e geram traumas.
As consequências do crime também atingem a comunidade, que se vê em um ambiente de constante paranoia, e Pyre percebe o perigo que as pessoas envolvidas nos assassinatos representam.
Além de Garfield e Jones, a minissérie ainda conta com Sam Worthington (Fúria de Titãs), Wyatt Russell (Falcão e o Soldado Invernal) e Rory Culkin (Sinais) no elenco.
A história real por trás de Em nome do Céu
Ao chegar em casa em uma noite de julho de 1984, Allen Lafferty encontrou os corpos de sua mulher Brenda Wrigth Lafferty e sua filha Erica. Brenda teve a garganta cortada após ter sido estrangulada por um cabo de aspirador de pó.
Os assassinatos foram cometidos por Ron e Dan Lafferty, irmãos mais velhos de Allen.
Desde que haviam sido excomungados da Igreja Mórmon por suas visões fundamentalistas, os assassinos faziam parte de uma pequena e extrema seita do mormonismo, chamada de “Escola dos Profetas”.
Fanáticos, ambos convenceram os outros irmãos de que eles eram os verdadeiros líderes da Igreja e podiam falar com Deus.
Brenda supostamente impediu Allen de ingressar na Escola dos Profetas, o que Ron e Dan teriam visto como uma tentativa de separar a família.
A causa dos assassinatos
Ron Lafferty alega que recebeu uma revelação de Deus para matar Brenda e sua filha recém-nascida. Para Ron, Brenda era responsável por sua esposa tê-lo deixado após ele sugerir tomar uma segunda esposa.
Em março de 1984, quatro meses antes do crime, Ron escreveu um texto em que afirmava que Brenda e seu bebê se tornaram “obstáculos” em seu caminho e precisavam ser “removidas em rápida sucessão”. Ao compartilhar o texto com membros da Escola dos Profetas, Ron e seu irmão foram forçados a sair do grupo.
O que aconteceu com os assassinos de Em Nome do Céu?
A princípio, os dois irmãos seriam julgados juntos pelo crime, mas em dezembro de 1984 Ron Lafferty tentou matar seu irmão e se enforcar na prisão, e eles acabaram sendo julgados separadamente.
Ron Lafferty foi condenado à morte em 1985, mas sua condenação foi anulada em recurso posteriormente. Em 1996, no entanto, ele foi condenado novamente e sentenciado à morte. Lafferty passou 34 anos no corredor da morte, mas morreu de causas naturais em 2019, aos 78 anos.
Enquanto isso, Dan Lafferty foi a julgamento em janeiro de 1985 e atuou como seu próprio advogado. Dan foi condenado a duas prisões perpétuas simultâneas, sem possibilidade de liberdade condicional, e cumpre pena em uma prisão estadual de Utah.
Durante o julgamento, foi revelado que Ron havia matado Brenda e Dan assassinado Erica. No entanto, Dan afirmou em uma entrevista para o Deseret News em 2004 que continuava levando o crédito por ambas as mortes sem remorso.
Na mesma entrevista, Dan disse que cometeu os assassinatos “do jeito que eles fizeram nas escrituras”, e que os crimes nunca o assombraram nem incomodaram.