“Glass Onion” vs “Entre Facas e Segredos”: Continuação fez jus ao primeiro filme? Qual é melhor? A gente te conta!
Na dúvida se "Glass Onion" é melhor ou pior que "Entre Facas e Segredos"? Então confira nossa análise e descubra nosso veredicto!
Rian Johnson não perdeu tempo, Glass Onion continuação de Entre Facas e Segredos levou menos de quatro anos para ser lançada, mais uma vez com um caso intrigante de assassinato e seus suspeitos.
Ambas as obras estão na Netflix, com a mais recente tendo sido mundialmente lançada no catálogo no último dia 23 de dezembro. Dessa forma, uma grande parte do público já pode conferir os dois filmes no streaming, com isso, as discussões sobre qual dos dois é melhor, ou se a sequência fez jus a aclamação de Entre Facas e Segredos, já pipoca na internet há alguns dias.
Claro que se você já assistiu os dois, deve ter sua própria opinião sobre o assunto. Mas caso não, nessa matéria a gente decidiu botar mais lenha na fogueira e revelar nossa opinião sobre esse tópico polêmico.
Afinal, qual é melhor: Entre Facas e Segredos ou Glass Onion? Dá mesmo pra dizer que um é melhor que outro? É o que você confere a seguir.
Premissa dos filmes
Bem, para iniciar nossa análise vamos relembrar a premissa dos dois filmes:
Entre Facas e Segredos
Em Entre Facas e Segredos, Harlan Thrombey é um já idoso, mas famosos escritor, que choca sua família e empregados quando é encontrado morto em sua casa.
Benoit Blanc é contratado para resolver o caso, que tem praticamente todos os familiares e empregados de Thrombey como suspeitos.
Entre eles está Marta, cuidadora e única amiga que o velho escritor tinha e que, para além do grande abalo emocional pela morte do patrão, parece estar escondendo informações que podem revelar quem, afinal, é o assassino.
Glass Onion
Em Glass Onion, Benoit Blanc é convidado para um final de semana resolvendo um mistério peculiar na luxuosa ilha particular de um milionário.
Inicialmente, tudo não parece passar de um jogo, até que um assassinato real acontece e, como sempre, todos os presentes parecem suspeitos.
Entre segredos pessoas relevantes, e irrelevantes, Blanc mais uma vez precisa analisar pistas sólidas, e falsas, e retirar todas as camadas dessa grande cebola, para encontrar o assassino.
Qual é melhor?
Bem, ao assistir Entre Facas e Segredos e Glass Onion uma coisa que o espectador deve perceber é que a forma como cada obra decide resolver cada caso de assassinato é diferente.
Enquanto o filme de 2019 mantinha a atenção do espectador quase que exclusivamente no caso de assassinato, o novo filme decide se aprofundar mais na construção de cada personagem.
Assim, a análise de qual dos dois filmes é melhor se torna um pouco mais complicada.
No quesito narrativa, ambas as obras são muito bem construídas, mas Entre Facas e Segredos tem vantagem nesse aspecto.
Logo no início do filme o espectador é apresentado à carismática personagem de Ana de Armas, que de cara fisga o espectador pelo contraponto que faz: ao mesmo tempo que Marta parece ser uma boa pessoa, ela claramente parece estar escondendo alguma coisa.
Esse pontinho de dúvida que a personagem causa no espectador, e todo desenrolar da história, com sua grande reviravolta próximo ao final demonstra como Rian Johnson realmente se dedicou durante anos para criar um dos mistérios “quem matou” mais autênticos do cinema.
No caso de Glass Onion, é como se o início do filme não fosse assim tão “eficiente”.
Temos aqui vários personagens que se mostram de alguma forma “odiosos” logo em seus primeiros segundos de aparição. Para além disso, reconhecer os estereótipos que cada um deles representa é divertido, mas de certa forma desinteressante. Ao menos nesse primeiro momento.
As coisas começam a ganhar corpo de verdade com a primeira conversa entre Benoit e Miles, que é quando percebemos qual o grande “X” da questão da presença do detetive em meio a um grupo tão “diferente”.
E é aí que Glass Onion iguala os pontos com seu antecessor. Isso porque, é a partir da meia hora do filme que passamos a entender o interesse de cada um desses personagens.
Cada um deles tem seus próprios podres guardados, como era esperado, porém é realmente interessante acompanhar como aos poucos, as camadas de cebola de cada um deles é retirada.
E sim, quase todos permanecem tão odiosos quanto pareciam no início, porém, de forma embasada e profunda. Em comparação, Entre Facas e Segredos arranhou apenas a superfície de suas personas.
Por fim, a resolução dos casos dos dois filmes.
Ambos trabalham com ótimas reviravoltas e dão ao espectador a sensação de que entenderam tudo na metade, só para mais tarde, oferecerem uma resposta inesperada.
Entre Facas e Segredos teve a vantagem dos artifício de Johnson no gênero serem completamente desconhecidas. Assim, a impressão que se tem é que a resolução do caso foi mais impactante, já que enganou todo mundo até os últimos segundos, incluindo Blanc.
Apesar disso, todo o vai e vem na história de Glass Onion prende o espectador em um novo, mas clássico, modelo de descobrir mistérios.
O fato de colocar detalhes naquele início de história que, como dito, parece meio apagado, seriam essenciais para resolver o caso é um artifício que enriquece o desfecho de tudo.
Assim sendo, é realmente difícil cravar qual dos dois filmes é melhor. Mas para não nos isentarmos de uma opinião vamos colocar Entre Facas e Segredos como o melhor, muito pelo tom surpreendente e inesperado que ele deixa ao terminar.
Glass Onion no entanto, é uma sequência mais do que à altura de seu antecessor, e complementa de forma extremamente satisfatória mais um caso na carreira de Benoit Blanc.
CONFIRA Também.
Preciso assistir “Entre Facas e Segredos” antes de “Glass Onion” Entenda a relação!
E você, concorda com o nosso veredicto? Conta pra gente a sua opinião aqui nos comentários.