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Conheça a história real que inspirou o filme ‘A Troca’, sucesso na Netflix

"A Troca" é um drama emocionante com Angelina Jolie, inspirado em uma história real. Conheça nesse o caso nesse artigo.


A Troca é um drama de 2008 que retornou recentemente à Netflix e tem conquistado muita gente que ainda não conhecia esse filme com Angelina Jolie.

Focado na busca de uma mãe pelo filho sequestrado e que precisa enfrentar uma justiça corrupta que tenta a todo custo desacreditá-la, a história do longa-metragem impressiona ainda mais quando se tem o conhecimento de que A Troca é baseado em uma história real.

O roteirista do filme, J. Michael Straczynski, construiu o roteiro com base em mais de seis mil páginas de documentos judiciais do caso envolvendo a personagem de Jolie, e foi somente quase uma década depois de escrevê-lo que ele conseguiu que o filme fosse produzido.

Então, se você assistiu A Troca e quer saber qual a história real por trás do filme, continue a leitura.

Sobre A Troca

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Nesse drama de época, Christine Collins (Angelina Jolie) é uma mãe solteira que descobre que seu filho de nove anos desapareceu de casa enquanto ela estava no trabalho.

Desesperada, a mulher vai em busca da polícia que começa a procurar pelo menino, sem sucesso.

Cinco meses após o desaparecimento, as acusações de incompetência por não acharem pistas do menino assombram as autoridades de Los Angeles. É nesse cenário que Christine é avisada de que seu filho foi encontrado com vida e que o encontro deles acontecerá de maneira pública.

O problema é que, quando o garoto chega na estação de trem, Christine começa a alegar que aquele não é o seu filho. A partir de então é iniciada uma batalha injusta entre ela e a polícia local, que faz de tudo para provar que a mulher sofre de desequilíbrio mental.

História real que inspirou A Troca

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J. Michael Straczynski só teve conhecimento da história que inspirou seu roteiro após uma fonte sua na Prefeitura de Los Angeles entrar em contato para avisá-lo de que documentos sobre um caso judicial importante do início do século passado estavam prestes a ser queimados pelo órgão público.

O caso em questão era o de Christine Collins e o de seu filho desaparecido, ocorrido em 1928 na cidade de Los Angeles e que levava a um desdobramento muito maior do que o de um “simples” sequestro.

Em março de 1928, o pequeno Walter Collins saiu em uma tarde sozinho para ir ao cinema próximo de sua casa. Pela demora, sua mãe, Christine, começou uma busca por ele pelo bairro onde moravam. Sem sucesso, ela contatou a polícia para relatar o sumiço do filho.

Em pouco tempo o caso do menino desaparecido se tornou popular e seu rosto estampava diversos cartazes de busca e em jornais de Los Angeles.

Assim como no filme, cinco meses depois a polícia avisou Christine de que havia encontrado seu filho. O departamento de Los Angeles havia recebido uma ligação da polícia de Illinois que afirmava que havia um garoto lá que correspondia com as características de Walter e que confirmava ser o menino perdido.

Após o reencontro entre mãe e “filho”, no entanto, Christine voltou à polícia alegando que aquele não era seu filho.

Com toda a pressão da mídia que vinha sofrendo nos últimos meses e o alívio quando o suposto garoto apareceu, a polícia de Los Angeles não estava disposta a perder essa vitória.

Dessa forma, mesmo que os testes da arcada dentária do impostor comprovassem que ele não era o Walter verdadeiro, as autoridades enviaram a mulher para uma ala psiquiátrica onde ficou internada até que o garoto, que na verdade se chamava Arthur Hutchins, confessasse a verdade.

Ele era um garoto que sonhava em conhecer um de seus atores preferidos de Hollywood e quem sabe se tornar ator também. Por isso, assumiu a identidade de Walter, para conseguir chegar em Los Angeles.

Mais tarde, naquele mesmo ano, um garoto chamado Sanford Clark confessou à sua irmã mais velha que o primo com o qual morava em uma fazenda, Gordon Stewart Northcott, abusava sexualmente dele e era responsável pelo assassinato de vários garotos.

A investigação da polícia na tal fazenda encontrou diversos restos mortais de vários garotos, o que acabou levand  Gordon e também sua mãe, que sabia de todos os crimes, para a prisão.

Rapidamente o caso foi cruzado com o desaparecimento de Walter Collins,Christine chegou a questionar o assassino de garotos se ele havia matado seu filho.

O bandido nunca respondeu concretamente o questionamento da mãe, que nunca soube o real paradeiro de seu filho, apesar de jamais ter perdido as esperanças de encontrá-lo com vida.

Northcott foi condenado à forca pelos assassinatos dos garotos.

Christine morreu em 1964 sem nunca ter desistido de encontrar seu filho.

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Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.