Conheça a HISTÓRIA REAL que inspirou “Paixão Sufocante” da Netflix
"Paixão Sufocante" é o novo drama francês sobre relacionamento obsessivo da Netflix. Conheça a chocante história real que inspirou o longa.
Paixão Sufocante é o filme francês que, desde que estreou na Netflix na semana passada, está no top 10 de mais assistidos da plataforma.
Com uma história sobre um romance obsessivo e tóxico envolvendo dois mergulhadores profissionais, o mais impressionante de tudo é que o longa foi inspirado em uma chocante história real ocorrida no início dos anos 2000.
A seguir a gente te conta todos os detalhes do caso da mergulhadora Audrey Mestre, mergulhadora e recordista mundial que serviu de inspiração para a personagem Roxana de Paixão Sufocante.
ATENÇÃO, spoilers do filme nos parágrafos abaixo.
Audrey Mestre: a Roxana da vida real
Em Paixão Sufocante conhecemos a jovem Roxana, uma francesa que passa a se interessar por mergulho após conhecer seu instrutor e ex-campeão mundial, Pascal.
Na vida real, no entanto, a paixão por esportes subaquáticos fez parte da vida de Audrey Mestre desde a infância, já que ela era filha de dois adeptos do mergulho.
Mestre se mudou com a família para a Cidade do México na adolescência e posteriormente entrou na universidade como estudante de biologia marinha.
É a partir daqui que a vida da mergulhadora da vida real, se mistura com a da ficção, já que, assim como a Roxana do filme, Audrey decidiu largar os estudos e investir realmente na carreira profissional de esportista após conhecer Francisco Ferreras, em 1996.
Ferreras era um mergulhador mais velho e experiente, que durante os anos 90 havia batido vários recordes no esporte.
Iniciando um relacionamento amoroso, Ferreras passou a treinar Audrey no chamado mergulho livre, com o objetivo de transformar a jovem na nova recordista mundial do esporte.
O casamento
Em 1999, Audrey e Ferreras se casaram e se mudaram para Miami, na Flórida, onde o marido passou a treiná-la com mais impeto.
O primeiro recorde da mergulhadora veio no mesmo ano, quando em um mergulho livre, ela atingiu uma profundidade de 125 metros.
A partir daí, Audrey passou a ser uma das mergulhadoras mais conhecidas e respeitadas em seu esporte, o que, ficou-se sabendo anos após por meio de um livro publicado por um amigo da nadadora, incomodava Ferreras que sentia ciúmes de toda a atenção recebida pela esposa.
Audrey Mestre e Francisco Ferreras permaneceram treinando e participando de competições de mergulho, até que em 2002 a tragédia aconteceu.
A morte de Audrey Mestre
Em 2002, na praia de Bayahibe, na República Dominicana, Audrey decidiu que tentaria bater o recorde mundial da mergulhadora Tanya Streeter, que em agosto daquele ano conseguira atingir a profundidade de 160 metros.
Após vários treinamento, em 12 de outubro, a mergulhadora deveria atingir a profundidade de 171 metros, meta que conseguiu alcançar.
O problema é que, ao abrir a válvula do tanque que deveria inflar sua bolsa de elevação, Audrey percebeu que o equipamento estava sem ar, impedindo que ela fosse levada à superfície.
Um dos mergulhadores de resgate chegou a utilizar seu próprio equipamento para tentar encher a bolsa de ar da mergulhadora, porém, os esforços foram inúteis.
Francisco Ferreras chegou a mergulhar para tentar salvar a esposa, no entanto, quando retornou à superfície com ela, já havia se passado mais de 8 minutos desde o mergulho de Audrey. A tentativa de bater o recorde não deveria ter passado de 3 minutos, o que acabou resultando na morte da mergulhadora.
As controvérsias da morte da mergulhadora
Logo após o ocorrido, começaram a surgir evidências de que o evento que levou Audrey Mestre à morte, foi planejado de maneira insegura, o que colaborou para o não salvamento da esportista.
Segundo os presentes na data, não haviam mergulhadores de resgate suficientes na tentativa da mergulhadora, e estranhamente, nenhuma equipe de socorristas foi contratada para a data, como é o padrão para eventos como esse.
Esses detalhes deveriam ter sido supervisionados justamente por Francisco, que ficou-se sabendo depois, também era o responsável por checar o equipamento de Audrey, e recarregar o tanque de ar que estava vazio na hora do mergulho.
Todas essas falhas levantaram vários questionamentos sobre uma sabotagem deliberada de Ferreras contra sua esposa.
O livro de Carlos Serra
Carlos Serra é um ex-mergulhador que durante anos fez parte da equipe de Audrey e Ferreras e que em 2006 lançou o livro A Última Tentativa.
Na obra, Serra conta sobre o relacionamento conturbado entre Audrey e Ferreras, e como o marido da mergulhadora se sentia enciumado pelo sucesso da esposa. O escritor também que revela que, pouco antes do mergulho que matou Audrey ela estava prestes a se divorciar do marido, pois não aguentava mais suas frequentes traições.
Serra ainda deixa claro em seu livro que tem certeza que Ferreras foi o responsável pela morte de Audrey, pois teria sabotado seu equipamento antes do mergulho, sem deixar que ninguém mais o verificasse antes que Audrey já estivesse na água.
Apesar das acusações de Serra, as autoridades que investigaram o caso na época nunca concluíram que Ferreras foi o culpado pela morte da esposa, e o caso se tornou apenas foco de especulações nos anos que se seguiram.
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E então, o que você acha que realmente aconteceu no caso de Audrey Mestre que inspirou Paixão Sufocante? Acredita que o marido realmente é o culpado por sua morte?
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