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“Kakegurui Bet” vale a pena ou é melhor ficar com a versão japonesa da série?

"Kakegurui Bet" chegou com uma versão live-action na Netflix, mas será que vale a pena assistir ou é melhor continuar com a versão oriental?


Se você curte Kakegurui, o anime cheio de apostas insanas, personagens excêntricos e uma vibe de suspense psicológico, provavelmente viu que a Netflix acabou de lançar uma série live-action baseada no anime.

Uma produção americana, a série tenta trazer o universo do mangá para um público ocidental, com algumas mudanças bem ousadas. Mas a pergunta que fica é: será que vale a pena apostar nessa versão ou é melhor continuar com a japonesa?

Sobre Kakegurui Bet

Kakegurui Bet 2025 Netflix

Bet é uma releitura do clássico de Homura Kawamoto, ambientada numa escola de elite americana chamada St. Dominic’s Prep, onde as apostas definem quem manda e quem vira “pet” — estudantes endividados que viram servos dos poderosos.

A protagonista, Yumeko Jabami (Miku Martineau), chega nessa escola com um motivo extra: ela não está ali só para jogar, mas para se vingar da morte misteriosa dos pais.

A série se distancia bastante da versão original, adicionando camadas emocionais que aprofundam o drama pessoal da Yumeko, trazendo também personagens inéditos como Ryan e Chad.

Os jogos de azar continuam no centro da história, com apostas mirabolantes e estratégias malucas, mas o foco da narrativa se amplia para discutir temas como poder e ganância.

Versão estadunidense é tão boa quanto a japonesa?

Se você está esperando uma adaptação fiel, Kakegurui Bet pode decepcionar.

O tom exagerado, as mudanças no visual dos personagens e o foco maior no drama pessoal às vezes soam forçados — especialmente para quem conhece a versão japonesa e seu estilo único.

A Yumeko da Netflix, por exemplo, é menos obcecada pela emoção do jogo e mais movida por vingança, o que muda bastante a personalidade da personagem.

Por outro lado, a série tem seus méritos. A atuação de Miku Martineau não é de se por defeito, e a rivalidade com a presidente do conselho estudantil, Kira (Clara Alexandrova), rende bons momentos de suspense e jogatina tensa.

A direção de Simon Barry mantém um ritmo que prende, especialmente nas cenas de confronto psicológico.

Mas no geral, Bet parece mais uma obra “inspirada” no mangá, ou seja, que não faz questão de seguir muito o produto original.

A série claramente tenta agradar o público ocidental com um toque mais realista e dramático, mas sem o estilo caótico e excêntrico que tornou Kakegurui um sucesso.

A mistura de romance, intrigas e jogos pode ser interessante para quem não conhece a original, mas fãs fiéis provavelmente ainda vão preferir a versão japonesa.

Mas, afinal, vale a pena dar uma chance para Bet?

Se você curte dramas adolescentes e está aberto a uma releitura mais emocional e menos maluca, sim, a série pode surpreender. Mas se você é do tipo que gosta de adaptações que seguem exatamente a história original, o melhor é continuar na versão japonesa, que ainda reina soberana no universo de Kakegurui, e também está disponível na Netflix.

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.