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Matilda: Musical da Netflix é acusado de gordofobia nas redes. O que são fat suits?

O filme "Matilda: O Musical" tem dado o que falar nas redes sociais. Entenda por que o filme tem sido acusado de gordofobia!


Desde a manhã do último domingo (25), quando estreou no catálogo da Netflix, o filme original Matilda: O Musical” tem estado entre as produções mais comentadas da plataforma de streaming.

A princípio, o filme consegue capitalizar bem o público que já gostada da adaptação de 1996. A produção, contudo,  não conseguiu superar algumas questões sensíveis do seu enredo. Um desses pontos, que tem repercutido nas redes, é a utilização de fat suits por alguns personagens.

Matilda reacende debate pelo uso de fat suits

Matilda: O Musical
Caracterização de Emma Thompson em “Matilda: O Musical” gera discussões (Imagem: Divulgação/Netflix).

Uma das polêmicas que envolvem a produção de Matilda é o uso de fat suits pelos personagens Sra. Trunchbull (Emma Thompson) e Bruce Bogtrotter (Charlie Hodson). Em ambos os casos, a direção de elenco do filme escalou atores magros para interpretarem personagens obesos. Para isso, foi necessário que utilizassem enchimento artificial para a caracterização.

Desde os anos 2000, contudo, a utilização de fat suits” tem sido recriminada pela ala mais progressista de Hollywood. Isso porque, de acordo com ativistas da questão, a escalação de estrelas magras para personagens obesos impede que atores acima do peso sejam representados em frente as câmeras.

A questão, portanto, está intrinsecamente ligada à luta contra a gordofobiaAfinal de contas, a presença de pessoas dos mais diversos corpos em produções de sucesso façam com que um público ainda maior se sinta representado.

A questão ganha ainda mais intensidade, contudo, ao se tratar da personagem Sra. Trunchbull. Pois nesse caso, além da questão envolvendo fat suit, existe uma visão pejorativa acerca da aparência física da antagonista – já que sua aparência também é colocada como elemento depreciativo pela narrativa.

Ao se tratar dessa adaptação, contudo, faz-se necessário uma colocação: a caracterização de alguns personagens é imbuída de certa teatralidade, já que o filme é inspirado em uma peça de sucesso. Aqui, essa licença poética dá espaço a caracterizações pouco realistas e simbólicas – o que acrescenta novas camadas de interpretação ao que é proposto.

Internet reage ao uso de fat suit

Nas redes sociais, contudo, a utilização de fat suit em Matilda: O Musical” já é alvo de debate entre os espectadores do longa. Confira, a seguir, algumas reações sobre o caso:

“Todo segundo de Matilda: O Musical foi brilhante, exceto pelo fat suit ridículo que eles colocaram em Bruce Bogtrotter

“O musical de Matilda foi tão bom, exceto pelo fat suit muito desanimador de Emma Thompson e o travesseiro literal na camisa do garoto interpretando Bruce. Que p* é essa? Existem crianças gordas que podem dançar e atuar. Existem até algumas britânicas”.

“Sinto que eu preciso escrever sobre o trauma alegre e a gordofobia do filme musical de Matilda. Meus filhos ficaram ‘Eu achei que seria um bom filme? Eu realmente não sei’. De qualquer forma, se está assistindo pelas crianças dançando, siga até o fim”

“Por que esse musical de Matilda tem uma criança pequena em um fat suit? Um tanto de adultos realmente falaram ‘Por que contratar uma criança gorda se podemos colocar uma magra em um barril com um travesseiro?'”

“Fat suits, próteses, diferenças faciais. ‘Feirura’ manufaturada.

Matilda da Netflix é uma grande produção. Mas por que, em nome de tudo que é bom, a maldade é novamente representada como velha, masculinizada, empobrecida, gorda? Estes não nos fazem mal. Monstros reais se escondem à vista de todos”.

 

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Por fim, queremos saber: o que você achou da polêmica envolvendo as caracterizações da Sra. Trunchbull Bruce Bogtrotter em Matilda: O Musical“? Gostou do filme original da Netflix? Compartilhe o que pensa com a gente nas redes sociais! Para ficar por dentro de tudo que envolve a plataforma, fiquem sempre ligados aqui e nas páginas do Sobre Sagas!

Arquiteto e Urbanista aficionado por Cenografia e Cinema. Criador de conteúdo da área desde 2013 e apaixonado por adaptações cinematográficas, especialmente de fantasia.