Garota presa em freezer luta para sobreviver nesse novo suspense da Netflix. Vale a pena?
"Mili" é um novo filme hindi que chegou à Netflix e promete deixar o público roendo as unhas na frente da TV. Confira nossa análise sobre ele.
Nem todo filme indiano é feito de música e danças grandiosas! Mili, por exemplo, é um suspense hindi que está surpreendendo a audiência com sua temática claustrofóbica e de roer as unhas.
Lançado em 2022, Mili é dirigido por Mathukutty Xavier, e é um remake do longa Helen do mesmo diretor lançado em 2019, porém, em língua malaiala.
Saído dos pesadelos de muita gente e adotando uma tensão crescente, ao ler a sinopse do filme que acaba de chegar à Netflix, algumas pessoas podem estar se perguntando se vale a pena dar uma chance ao longa.
É sobre isso que falaremos ao longo desse texto, logo após te apresentar os detalhes sobre a história de Mili.
Sobre Mili
Mili Naudiyal (Janhvi Kapoor) é uma jovem enfermeira que trabalha em um emprego de meio período em um restaurante de shopping.
Com um namorado secreto e morando com o pai, Mili precisa lidar frequentemente com a desaprovação sentimental de seu pai que não parece pronto para deixar a filha se mudar para outro país.
Em uma noite pouco antes da hora de sair do trabalho, Mili acaba sendo presa sem querer pelo chefe dentro do freezer do restaurante, que opera a quase 20º negativos. Assim, ela precisará de todas as suas forças para sobreviver.
Enquanto isso, seu pai estranha o fato de a filha não ter chegado em casa e ao lado do namorado da jovem, parte em uma busca desesperada que pode acabar de maneira trágica caso eles não a encontrem a tempo.
Mili chegou aos cinemas da Índia em 4 de novembro de 2022 onde recebeu críticas mistas. O filme estreou na Netflix em 30 de dezembro.
Vale a pena assistir?
Tenso, Mili é um filme que deve ser assistido com cuidado por pessoas que tem algum tipo de sensibilidade a situações claustrofóbicas. Tirando isso, para quem gosta de filmes sobre sobrevivência, essa com certeza é uma produção que vale a pena ser assistida.
O filme demora para chegar na ação, assim, toda a primeira parte é usada para apresentar ao públicos os personagens principais: Mili, seu pai muito querido, o namorado irresponsável mas amoroso, e o chefe idiota da protagonista.
Assim, ainda que em dado momento o espectador passe a se perguntar quando, afinal, a reclusão da moça irá começar, percebemos que a escolha inicial de apresentar personagens é um modo inteligente de despertar a empatia no espectador.
Com isso, a sobrevivência de Mili e a preocupação de seu pai e namorado enquanto procuram por ela, se tornam palpáveis para o público, que sofre, se desespera e rói as unhas a cada tentativa da personagem de se libertar.
Além disso, os recursos de fotografia utilizados pelo diretor são realmente eficientes em matéria de aumentar muito a tensão do filme.
Em quase todos os momentos após Mili ficar presa no gelo, a câmera busca evidenciar o tempo se acabando para a personagem. Com isso, há focos constantes em seus ferimentos causados pelo frio aumentando, o termostato do lado de fora mostrando a temperatura baixando, e o desespero de seus familiares aumentando a cada nova tentativa frustrada de encontrá-la.
O filme também sabe utilizar elementos emocionais para atingir o público em cheio, e as atuações são bastante convincentes, com destaque para a protagonista.
Em sentidos gerais, Mili é um filme muito bem feito, com recursos técnicos satisfatórios e um ritmo que faz com que o espectador mal perceba o tempo passando.
Certamente há falhas em seu roteiro que não deixa de lado alguns clichês sentimentais e alguns estereótipos, como o do policial malvado e do chefe idiota. Apesar disso, a execução da história (até bastante simples) é surpreendentemente boa.
Enfim, uma boa opção para conferir na Netflix.
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