O Milagre é baseado em história real? Conheça os fatos reais por trás do filme da Netflix
Conhece as inspirações para o enredo de "O Milagre"? Conheça o que é fato por trás da história do filme original da Netflix.
Uma das produções mais aguardadas do mês acabou de estrear no catálogo da Netflix! Com um enredo surpreendente, o suspense psicológico “O Milagre” promete se destacar entre os títulos mais assistidos da gigante de mídia.
A história realista e visceral apresentada pelo filme é um dos seus grandes espectadores. Isso tem feito que muitos questionem acerca das inspirações do roteiro. Confira, a seguir, os acontecimentos que inspiraram o filme:
Conheça os fatos reais que inspiraram “O Milagre”:
A princípio, é seguro dizer que “O Milagre” é uma história original, mas os eventos apresentados têm fortes raízes em acontecimentos reais. Um fenômeno conhecido como “garotas do jejum” de fato tomou conta da Irlanda nos século 19, mas suas origens são ainda mais antigas. Os fatos, inicialmente, remetem aos santos medievais que passavam dias com fome através de uma premissa de penitência.
A autora Emma Donogue, que escreveu o livro que originou o filme, passou meses estudando estes casos – que na maioria das vezes, até então, diziam respeito a jejuadores do sexo masculino. Em sua pesquisa, ela descobriu que um número esmagador de mulheres também aderiam à prática, mas ficavam em 2° plano pelo lado comercial e expansivo do ato masculino.
Segundo a escritora, era comum que mães aderissem à prática já na maturidade, mas o número de adolescentes que também jejuavam demonstrou-se ser avassalador. No caso da Irlanda, em específico, tornou-se comum que as garoas que jejuavam se tornassem “celebridades” locais. Suas práticas atraiam turistas e admiradores de diversos locais do país, que visitavam para oferecer-lhes dinheiro e presentes especiais.
Casos tinham relação com anorexia
Estudos recentes, contudo, perceberam certa romantização desse tipo de ação, que está direcionada ao distúrbio alimentar da anorexia. Essa visão deturpada e idealista da doença, contudo, encontrava respaldo no fato de que essas garotas eram tidas como heroínas medievais na época, e em alguns casos foram até tidas como santas. O ato, então, passou a ser visto como uma forma de expiar não apenas pelos seus pecados, mas de todos que as rodeavam.
Atualmente, todos esses casos são reflexos de como a sociedade era interessada em oprimir e vigiar a feminilidade e os corpos femininos. Seus destinos foram os mais diversos: desde a morte pela fome até desaparecimentos misteriosos. A fantasia cultural do jejum como penitência, contudo, encontra respaldo até nos dias de hoje – quando o culto ao corpo e à beleza inalcançável se apresentam como resultado de uma penitência.
Apesar de já ter esclarecido que “O Milagre” não adapta a história de nenhuma dessas garotas, em específico, fica evidente que a autora escolheu um momento bastante específico para narrar sua história. Foi exatamente em meados de 1870 que a ideia romantizada e religiosa dessa prática de jejum começou a ser conflitada com a noção sobre anorexia. Assim, o debate entre religião e ciência ficou mais acalorado – e as reflexões provenientes disso levaram à história de Anna O’Donnel, personagem principal do filme.
CONFIRA Também:
Medieval: Filme de guerra épica da Netflix é baseado em história real? Conheça a inspiração para o longa!
Por fim, queremos saber: você já assistiu ao filme “O Milagre” no catálogo da Netflix? O que você achou do longa? Compartilhe o que pensa em nossas redes sociais, e fiquem sempre ligados aqui e nas páginas do Sobre Sagas !para mais informações sobre o título.