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O Mundo Depois de Nós, final explicado: Quem estava por trás do ataque aos EUA?

"O Mundo Depois de Nós" é, atualmente, o filme mais assistido da Netflix e aqui está uma explicação detalhada do final.


O Mundo Depois de Nós é o filme com grande elenco lançado pela Netflix no último dia 8 de dezembro, mas que desde então, está causando reação variadas nos espectadores devido ao seu final.

Com Julia Roberts, Ethan Hawke, Mahershala AliKevin Bacon, o longa conquistou maioria positiva de opiniões da crítica, porém, entre as opiniões dos espectadores, o que prevalece é uma não compreensão do final de O Mundo Depois de Nós.

Confira uma breve explicação.

O enredo de “O Mundo Depois de Nós”

No filme, Amanda Sandford (Roberts) é uma esposa e mãe que em um final de semana decide locar uma casa na praia para passar dias de folga com a família.

Ao chegarem até a luxuosa propriedade, os quatro vão até a praia onde presenciam um acontecimento chocante: um cargueiro de petróleo sem controle, acaba encalhando na areia, colocando em risco todos os que estavam no local.

Após isso, ao voltar para casa, a família passa a perceber que tanto a internet, quanto os telefones estão sem sinal. Mas acreditando ser algo temporário, acabam não fazendo relação entre uma coisa e outra.

Tudo muda quando no meio da noite, George (Ali) e sua filha Ruth (Myha-la Herrold) chegam até a casa se revelando como os proprietários do imóvel.

Eles contam que houve um apagão em Nova York e por isso, decidiram dirigir até sua casa de férias até que tudo se normalizasse. Amanda se mostra o tempo todo desconfiada dos dois, e de forma preconceituosa, diz ao marido que não acredita que eles sejam os reais donos da casa.

Apesar disso, George os convence a deixar ele e a filha passarem a noite no quarto do porão da casa.

Ao ficarem sozinhos, Ruth pergunta ao pai o que o “cliente” dele disse sobre a situação, ao que George não dá detalhes, mas parece saber de algo que não está revelando.

A partir disso, no dia seguinte, Clay, marido de Amanda decide ir até a cidade em busca de respostas do que está acontecendo, já que além da internet e telefone, TV e rádio também não tem mais sinal.

A partir daí, todos começam a compreender que algo muito sério está acontecendo, o que se comprova quando Clay encontra um drone espalhando panfletos com mensagens de Morte à América”, George descobre que os satélites dos EUA foram desativados, e que os aviões estão caindo, provavelmente, por todo o país.

Final de “O Mundo Depois de Nós”, explicado: quem estava por trás dos ataques cibernéticos?

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Ao longo de todo o filme desde que os personagens entendem que os EUA estão sob ataque, a pergunta que prevalece é: quem afinal está atacando o país?

Durante uma conversa com AmandaGeorge conta a ela sobre um de seus clientes “poderosos”, segundo ele, um figurão do governo, que lhe ligou pouco antes dos sinais de telefone serem cortados.

Segundo ele, esse mesmo homem em uma ocasião brincou que o mundo era controlado por uma entidade maligna. Mas que ao lhe telefonar e ele fazer menção a brincadeira como um tipo de explicação sobre o apagão, o homem não riu dessa vez.

Após dizer a Amanda que acreditava que esse cliente tentou lhe dar um “aviso” sobre o que estava por vir, George sugere que a verdade é que nunca houve uma entidade maligna, e a verdade é que, se um ataque como o que estavam presenciando acontecesse, os poderosos (como seu cliente) simplesmente iriam embora para um lugar seguro, com ninguém sendo deixado no comando para tentar “salvar” os civis.

Ou seja, eles estariam sozinhos, por sua conta e risco.

No final do filme, a teoria de George se mostra ainda mais complexa do que isso.

Ao visitarem Danny (Kevin Bacon) em busca de remédios para o filho de Clay, o sobrevivencialista hostil lhes apresenta as informações que obteve com seus próprios amigos.

Segundo ele, os panfletos que Clay viu cair do céu com os escritos em árabe, também estavam sendo espalhados por outras partes do país, porém, com a mesma mensagem escrita em chinês, coreano e outras línguas. Assim, ele acredita que o ataque pode ter sido organizado não por uma, mas por um conjunto de nações que tem motivo para odiar os EUA.

A partir dessa informação, George mata a charada do que está acontecendo.

Questionando Clay se ele e sua família realmente são confiáveis, George explica que, há algum tempo, seu grande cliente ficou aterrorizado com uma estratégia teórica que seria a mais efetiva na tarefa de derrubar o governo de um país.

A estratégia seria viabilizada a partir do isolamento da nação (corte de comunicações e transportes), ataques sincronizados (o barulho estridente e as bombas que Ruth Amanda veem da floresta), e a desinformação em relação ao que está acontecendo (os panfletos em várias línguas e o corte de sinal de noticiários). Segundo ele, se tudo isso fosse bem-sucedido, a própria sociedade se viraria contra si, dando início a uma guerra civil.

A teoria da guerra havia sido comprovada minutos antes quando George Danny se exaltaram tanto por Danny não querer fornecer o remédio, que acabaram quase atirando um no outro.

Ou seja, o desespero, a ganância e a desestabilização emocional por não saber o que está havendo, desperta o pior em uma sociedade disfuncional.

O final do filme não revela quem, exatamente, estava por trás dos ataques, mas comprova que nenhuma invasão de inimigos seria necessária para dar cabo das pessoas e colapsar o país, já que a própria população entraria em guerra entre si.

No final de O Mundo Depois de Nós, vemos Rosie encontrando o bunker, e como a voz de sua mãe parecia cada vez mais próxima da casa, tudo indica que Amanda Ruth logo também descobririam o abrigo. George, Clay e o filho também iriam se dirigir pra lá, com a história dando a entender que uma longa espera em isolamento com as duas famílias juntas, se daria.

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Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.