Por que “G20” está sendo considerado um dos piores filmes da carreira de Viola Davis?
"G20" é o mais novo filme de Viola Davis, mas ao contrário das expectativas, não é exatamente o que estamos acostumados a ver com a atriz.
Viola Davis é uma das atrizes mais respeitadas do mundo, dona de um Oscar e com presença marcante em dramas de peso, por isso, o lançamento de G20, novo filme da Amazon Prime Video, chamou atenção — e não da melhor forma.
Apesar de trazer Davis no papel de uma presidente dos EUA em meio a uma crise internacional, o longa tem sido duramente criticado. E muita gente já está chamando G20 de o ponto mais baixo da carreira da atriz no cinema.
Enredo de G20

Na trama, Davis vive Danielle Sutton, presidente dos Estados Unidos, que está participando do encontro do G20 em Cape Town, na África do Sul, quando terroristas invadem o evento e tomam líderes mundiais como reféns.
O vilão, Rutledge (Antony Starr, o Homelander de The Boys), planeja derrubar a economia mundial usando deepfakes e criptomoedas.
Mas Sutton não é uma presidente qualquer: ex-militar, ela logo entra em modo sobrevivência.
Com a ajuda de um agente do Serviço Secreto (Ramón Rodríguez), ela tenta resgatar os reféns, proteger sua família — que, por conveniência de roteiro, está com ela no evento — e ainda salvar o planeta no processo.
Por que a crítica está detonando o novo filme da Amazon com Viola Davis?
O problema não é Viola Davis. Aliás, se há algo que salva G20 do completo desastre é justamente a atuação dela.
Mesmo em um filme fraco, a atriz mantém sua presença imponente e entrega o que pode com o material disponível. Mas, como apontaram diversos críticos, o filme parece construído para ser um “Duro de Matar da Amazon”, sem a criatividade ou o charme do original.
Os diálogos são genéricos, a direção de ação (assinada por Patricia Riggen) é inconsistente, e o roteiro tenta misturar discursos políticos sobre fake news, racismo e corrupção com frases de efeito e vilões caricatos.
O design visual também não ajuda: efeitos especiais mal-acabados, cenários verdes mal disfarçados e ação que nunca empolga de verdade. Nem mesmo o elenco secundário se destaca.
Apesar de algumas tentativas de autorreferência — como quando Sutton rasga o vestido para lutar melhor —, o filme não consegue decidir se quer ser levado a sério ou se quer apenas divertir.
Então G20 é completamente descartável?

Não necessariamente. Se você estiver procurando um filme leve para assistir sem prestar muita atenção, com cenas de ação razoáveis e Viola Davis dando tudo de si, G20 pode funcionar como entretenimento de sexta à noite.
O problema é que, vindo de alguém com o currículo e a seriedade de Davis, a expectativa era outra. Widows e A Mulher Rei, por exemplo, também trazem a atriz em papéis intensos com ação, mas com direção e roteiro de outro nível.
G20, por outro lado, parece ter saído diretamente de uma esteira de produções algorítmicas de streaming, feitas para preencher catálogo — não para marcar carreira.