Criador de “Queen Loretta” faleceu enquanto a série era desenvolvida; entenda como ocorreu a produção!

Durante o mês de junho, quando as comunidades LGBTQIA+ ao redor do mundo celebram o Mês do Orgulho, a Netflix disponibilizou em seu catálogo diversos filmes, séries, documentários e minisséries sobre temáticas relacionadas às suas identidades e expressões. É esse o caso de “Queen Loretta“, minissérie que fez sucesso e surpreendeu os assinantes pela leveza e sensibilidade de sua história.

A trama é focada na história de Sylwester, alfaiate polonês que mora em Paris e retorna para o país de origem assim que descobre uma notícia de uma emergência médica que envolve sua filha. Ao se candidatar para ser doador de órgãos, Sylwester tenta reestabelecer os laços com sua família, mas sua filha Wioletta não parece disposta a reconstruir a relação. A partir de então, ele decide utilizar sua identidade drag para estabelecer laços com sua família e com a comunidade que os rodeia.

É verdade que, quem vê a qualidade que a minissérie entrega em seus episódios, jamais imagina que os processos de pré-produção e produção de “Queen Loretta” possam ter sido conturbados. A esse respeito, contudo, vale salientar que grande parte da qualidade desse produto se deve ao trabalho incansável do cineasta Árni Ólafur Ásgeirsson, que foi vítima de uma tragédia pessoal enquanto desenvolvia a série original. Entenda o que aconteceu:

Criador e diretor de “Queen Loretta” faleceu enquanto desenvolvia a série

Quem acompanhou as matérias anteriores sobre “Queen Loretta” publicadas nesse site sabe que o roteiro e a ideia geral por trás da série foram assinados por Árni Ólafur Ásgeirsson, cineasta nascido na Islândia que fechou um contrato de cooperação com a plataforma de streaming após ter idealizado o esboço inicial da minissérie em questão. Aqui, vale salientar que além de roteirista ele também seria o diretor dos episódios de “Queen Loretta”.

Com 49 anos de idade, ele estava no auge de sua carreira e trabalhava em múltiplos projetos. Em fevereiro do ano passado, ele se encarregava da direção do filme “Wolka“, cujas gravações também ocorriam na Polônia, quando recebeu a triste notícia de ser diagnosticado com um câncer em estágios avançados. Poucos meses depois, no final do mês de abril, o cineasta veio a falecer.

Inicialmente, as notícias informaram apenas que ele foi acometido por uma doença grave, mas o motivo de seu falecimento foi informado poucos dias após em um obituário publicado por seu amigo þorsteinn Bachmann. “O choque é terrível. Perdemos um dos nossos melhores homens. A Islândia perdeu muito. O mundo inteiro. Homens como Árni não estão em todos os cantos”, relatou em suas redes.

Até o momento, fontes oficiais não informaram quais órgãos de Árni Ólafur Ásgeirsson foram acometidos pelo câncer e quais complicações levaram ao seu falecimento tão precoce. O cineasta deixou uma esposa – que também trabalha na indústria cinematográfica como designer de produção – e dois filhos.

Como ocorreu a produção da série?

Após o falecimento de Árni Ólafur Ásgeirsson, a produção de “Queen Loretta” foi impactada de diversas formas. Por trabalhar como roteirista e diretor da série, o cineasta ocupava dois cargos essenciais para as filmagens. Por esse motivo, a Netflix pausou o período de pré-produção em que estava a série até que os integrantes da equipe superassem a perda e os cargos deixados por Árni pudessem ser reocupados.

Cerca de 3 meses após o ocorrido, as gravações de “Queen Loretta” começaram a ser rodadas em locações de Paris e da Polônia. A direção da série foi assumida pelo cineasta Lukasz Kosmicki (Partida Fria; Diagnoza), enquanto os roteiros foram finalizados pelos escritores Ottó Geir Borg (O Assassino de Valhalla; Brim) e Kacper Wysocki (Klangor Slowa).

As gravações de “Queen Loretta” desenrolaram-se por todo o verão europeu, e por ser uma produção simplificada, não demorou muito para que a minissérie estivesse pronta para ser lançada. Ao ser lançada, os créditos dos episódios dedicam a série à memória de Árni Ólafur Ásgeirsson, que deu vida à imaginação em uma trama tão sensível, emocionante e comovente.

CONFIRA Também:
Conheça a história real que inspirou a emocionante minissérie “Queen Loretta”, da Netflix

Você já teve a oportunidade de assistir a série “Queen Loretta” no catálogo da Netflix? Qual é a sua opinião sobre o título? Compartilhe o que pensa com a gente nas redes sociais, e para mais informações sobre o drama e todas as outras produções originais da plataforma de streaming, fiquem sempre ligados aqui e nas páginas oficiais do Sobre Sagas!