Estas questões dos Power Rangers nos anos 90 são intragáveis hoje e você não vai conseguir assistir
"Power Rangers" dos anos 90 marcou a vida de muita gente, mas algumas coisas sobre a série tornam alguns episódios difíceis de assistir hoje.
As décadas passam, mas certas memórias de programas de TV permanecem tão vivas quanto na época em que eram parte da rotina diária. Os Power Rangers dos anos 90 são um exemplo clássico, marcando toda uma geração com suas cores vibrantes e aventuras épicas contra as forças do mal.
No entanto, revisitar esses episódios pode ser uma tarefa árdua. Além do choque natural com os efeitos visuais datados, há cenas específicas que adquirem novos contornos à luz dos acontecimentos recentes e mudanças culturais, tornando-as difíceis de digerir hoje em dia.
A música de adeus a Tommy
A despedida do Ranger Verde, Tommy Oliver, vivido por Jason David Frank, é um exemplo de cena difícil de rever no programa clássico dos anos 90.
Numa cena carregada de emoção, Zack e Kimberly homenageiam Tommy com a música Down the Road, enquanto ele está prestes a perder seus poderes. Mais tarde o personagem retornaria como o poderoso ranger Branco, mas hoje essa cena ganha contornos ainda mais sombrios com as mortes posteriores dos atores Thuy Trang (a ranger amarela) e o próprio Jason David Frank.
O episódio, que deveria somente abordar adeus e amizade, acaba se tornando um lembrete involuntário da perda definitiva de ambos.
O último episódio em que vimos toda a equipe original junta
O episódio Os Opostos se Atraem, da segunda temporada, é um marco para a série e difícil de assistir porque foi a última vez que os Power Rangers originais lutaram juntos.
Depois desse episódios, nunca mas vimos uma reunião de todos os atores e seus devidos personagens juntos, já que Thuy Trang infelizmente faleceu em 2001. Depois disso, Austin St. John e Walter Emanuel Jones retornariam à franquia apenas muitas décadas depois, mas a magia real da reunião da equipe principal nunca mais aconteceu. Triste!
As saídas de Jason, Zack e Trini
Aliás, a despedida dos atores Austin St. John (Jason), Thuy Trang (Trini) e Walter Emanuel Jones (Zack) é um dos momentos mais intragáveis e realmente ruins da série original.
O episódio A Transferência do Poder, pretendia passar os poderes dos antigos rangers para novos personagens, mas ficou marcado pela falta de um adeus digno aos atores que marcaram a infância de tanta gente.
O que acontece é que o contrato dos três atores já havia vencido, e o estúdio não renovou devido à disputas por salários mais justos. Assim, o episódio não contou com a presente física dos atores para um encerramento apropriado. A produção preferiu reutilizar gravações antigas dos atores, dublês e outros artifícios, rendendo um episódio de despedida indigno e um dos mais tristes para qualquer fã.
As imagens de Zordon
Um aspecto curioso (e que demonstra um descuidado que hoje não seria nada bem aceito) sobre a produção de Power Rangers diz respeito a Zordon, o mentor intergaláctico dos heróis.
Apesar de ser uma figura-chave, as imagens de Zordon foram todas produzidas em um único dia, protagonizadas pelo ator David J. Fielding. Essas imagens foram recicladas ao longo de toda a série, com a voz de Zordon dublada por Robert L. Manahan.
Esta prática levanta questões hoje em dia, especialmente no que se refere a ética da digitalização de performances de atores para uso contínuo, uma vez que a tecnologia avança e o debate sobre direitos de imagem se intensifica.
A saída de Billy dos Power Rangers (e o motivo horrível por trás disso)
Por fim, um dos momentos mais doloridos para os fãs foi a saída de Billy, interpretado por David Yost. O ator abandonou Power Rangers Zeo após sofrer assédio e enfrentar homofobia no set.
Este triste capítulo revela uma realidade inaceitável dos bastidores da série e contrapõe ao espírito inclusivo que Power Rangers buscava transmitir em tela. Sua ausência impactou negativamente muitos fãs, que só viram Billy retornar à franquia quando esta finalmente celebrou a diversidade de forma mais explícita, com a introdução do primeiro casal gay da série, quase 30 anos depois.
Revisitar esses episódios pode ser mais do que apenas um choque visual com as limitações da época; pode ser um confronto com questões nunca antes imaginadas. Mesmo assim, o legado dos Power Rangers perdura, celebrando a amizade, coragem e justiça, princípios atemporais que seguem inspirando novas gerações, apesar dos obstáculos encontrados ao longo do caminho.
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