“Rebel Ridge” e a inspiração REAL por trás do novo filme da Netflix
Rebel Ridge é o novo sucesso da Netflix, com uma trama de ação realistas, que é realmente inspirada na realidade.
O mais recente sucesso da Netflix, Rebel Ridge, dirigido por Jeremy Saulnier, é o filme mais assistido da plataforma nos últimos dias, e sua temática principal é uma inspiração real.
Com uma trama intensa centrada na luta de um ex-fuzileiro naval contra a corrupção policial, o filme toca em uma questão real e controversa do sistema legal norte-americano, levantando debates sobre a prática que serve de pano de fundo para sua narrativa.
Diretor tirou inspiração de lei “absurda” que existe nos EUA
Jeremy Saulnier, conhecido por filmes como Quarto Verde, desta vez se debruçou sobre uma lacuna legal amplamente criticada no sistema dos EUA: o confisco civil de bens.
Essa prática, pouco conhecida fora do país, permite que as autoridades policiais apreendam propriedades de cidadãos sem a necessidade de provar envolvimento em atividades criminosas.
No filme, Terry Richmond (Aaron Pierre) tem uma grande quantia de dinheiro confiscada pela polícia local, o que desencadeia uma série de eventos violentos enquanto ele busca justiça por seu primo.
A história se baseia em uma problemática real que afeta milhares de pessoas nos Estados Unidos.
Segundo a lei, as autoridades podem apreender bens como dinheiro, veículos e até imóveis, simplesmente com base em suspeitas, sem que o proprietário tenha cometido um crime ou recebido julgamento.
Como Saulnier explicou em entrevistas, esse aspecto da legislação antidrogas, é uma brecha absurda que coloca cidadãos comuns em desvantagem diante do poder do Estado, especialmente em casos de corrupção de autoridades.
Em Rebel Ridge, essa realidade é vivenciada por Terry, um ex-militar habilidoso, capaz de lutar contra os policiais corruptos que o prejudicaram. Contudo, a trama também sugere um aspecto mais sombrio: a maioria das vítimas desse tipo de confisco simplesmente não tem como lutar contra as autoridades, especialmente em casos de corrupção, como é o caso do filme.
É essa sensação de impotência que Saulnier quer destacar, contrastando a realidade com a ficção ao criar um personagem que consegue resistir e retaliar, algo que, na vida real, não acontece.
O elenco também refletiu sobre o impacto da história.
Aaron Pierre comentou que seu personagem demonstra o potencial que cada pessoa tem para fazer a diferença ao se recusar a ser cúmplice de injustiças.
E você, já conferiu o filme na Netflix? Conhecia essa lei dos EUA? Conta pra gente nos comentários.