Rebelde | Netflix acerta ao manter considerável distância da novela original (Primeiras Impressões)
Já assistimos aos episódios iniciais de "Rebelde", produção da Netflix que estreia na próxima quarta-feira no catálogo do streaming.
Desde o início dos anos 2010, uma das principais estratégias dos grandes estúdios e plataformas de streaming tem sido produzir novos conteúdos baseados em produções cujo sucesso entre o público já é consolidado. Foi nesse contexto que a Netflix apresentou nos últimos anos títulos como “Fuller House” e “Dinastia“, e agora surge com uma grande novidade ao apresentar um revival da novela “Rebelde“.
O drama televisivo, apresentado inicialmente nos anos 2000, foi responsável por reunir legiões de fãs ao redor do mundo e lançar, ainda, uma das bandas que mais venderam discos em dezenas de territórios: o RBD. Quando adquiriu os direitos de adaptação do mesmo, portanto, a Netflix já apostava em herdar parte desse sucesso e do público nostálgico que acompanhou a novela durante sua exibição original.
Todos os capítulos da 1ª temporada do drama estreiam na próxima quarta-feira (5) no catálogo do streaming, e para que possamos compartilhar nosso veredito com vocês, a Netflix liberou para o Sobre Sagas dois capítulos inéditos da série, responsável por introduzir os principais elementos da trama e mostrar toda essa nova realidade do EWS, versão reformulada e ainda mais elitizada do Elite Way School.
Pensando em preparar nosso público para o que verão a partir da próxima quarta, o Sobre Sagas separou alguns pontos que chamaram atenção na série e alguns motivos pelos quais você, fã da produção original, deve dar uma chance ao título. Confira nossas primeiras impressões SEM SPOILERS:
Apesar das gerações, rebeldia é atemporal
Um ponto que a série deixa claro logo no título do seu primeiro episódio é que a série se trata de uma nova geração. Se anteriormente os conflitos amorosos entre os estudantes e a espontaneidade de personagens como Roberta eram capazes de manter centenas de millenials entretidos, a nova versão de “Rebelde” já deixa logo claro que essa é uma produção pensada para as gerações mais jovem, e todas as suas abordagens e ações serão baseadas nisso.
Isso significa que apesar de mimado como sua tia, Luka Colucci ainda é capaz de apresentar certa sensibilidade para questões sociais – algo que não era exatamente o forte da novela original. A pauta da diversidade também é algo importante para a produção, que explora as potencialidades e diferenças entre seus personagens de uma forma fluída e natural.
Outro ponto que vale ser destacado é que, apesar da série trazer todas essas questões à tona, ela também embarca em uma jornada de expor como algumas dessas pautas são exploradas superficialmente, atitude potencializada por uma geração que vive de aparências ao ponto de fazer com que Mia Colucci parecesse, ainda nos anos 2000, uma pessoa a frente do seu tempo.
Apesar de se propor a mostrar uma nova geração e um EWS completamente atualizado, todas as referências entregues pelo drama parecem ser capazes de manter os fãs da novela original entretidos por alguns episódios. As músicas clássicas do RBD também estão por lá, apresentadas em um universo onde o grupo original é tratado como se fosse uma lenda local – com direito a altar e tudo mais.
A escolha em manter a série com considerável distância do título original, até então, tem se justificado na tentativa de fazer com que os novos personagens ganhem o destaque que merecem e não fiquem às sombras do fenômeno fictício e rela do que foi o RBD.
Apesar da superficialidade de alguns conflitos, a série promete amadurecer sua trama à medida que uma antiga facção volta a aterrorizar os estudantes novatos em uma cerimônia macabra – o que acaba unindo alguns deles em torno da música e formando laços que, a primeira vista, certamente parecem inusitados.
Por fim, “Rebelde” se apresenta como uma grande aposta da Netflix ao unir duas gerações de espectadores distintas em torno de conflitos marcantes e da rebeldia atemporal que se faz presente no processo de amadurecimento de jovens estudantes. O enredo parece não se arriscar muito na abrangência desses acontecimentos e na complexidade de suas histórias, mas ao seguir este caminho, promete entregar drama, reflexões e conflitos perfeitamente capazes de prender o espectadores e criar uma nova geração de fãs para as novas estrelas do EWS.
Quais são suas expectativas para “Rebelde” da Netflix? Compartilhe-as com a gente nas redes sociais, e para mais informações sobre a série, continuem constantemente ligados aqui no Sobre Sagas!