Rustin: a história real por trás do novo filme da Netflix
"Rustin" é o filme baseado na belíssima história real de Bayard Rustin, ativista dos direitos de igualdade dos EUA. Conheça!
Na próxima sexta-feira (17), a Netflix lança o filme intitulado Rustin, que retrata a extraordinária história real de Bayard Rustin, um ativista gay dos direitos civis que desempenhou um papel crucial na luta pela igualdade nos Estados Unidos.
Dirigido por George C. Wolfe, o longa conta com atuações marcantes e um roteiro envolvente, e promete emocionar e educar o público sobre a importância desse influente ativista. Confira mais detalhes sobre o filme, e também sobre a história real do homem que o inspirou.
Sinopse do filme “Rustin”
No filme, o talentoso ator Colman Domingo assume o papel de Bayard Rustin, trazendo à vida a complexidade desse ativista.
A narrativa segue a carreira de Rustin a partir de seu envolvimento com a CLCS (Conferência de Liderança Cristã do Sul), seguido de seu afastamento e partindo para a organização do evento que marcaria para sempre o nome Rustin na história: A Marcha sobre Washington, que mais do que nunca, jogou luz sobre o movimento e a luta pelo direito dos negros nos EUA.
Quem foi Bayard Rustin que inspirou o novo filme da Netflix?
Bayard Rustin foi um ativista afro-americano dos direitos civis que desempenhou um papel essencial no movimento por igualdade nos Estados Unidos. Nascido em 1912, Rustin enfrentou desafios desde cedo, lutando não apenas contra a discriminação racial, mas também contra a homofobia.
Sua sexualidade, que ele abertamente assumiu numa época em que ser gay não era apenas um tabu, mas também considerado crime em vários estados dos EUA, certamente contribuiu para que, ao longo das décadas, suas contribuições para a luta fossem quase apagadas da história.
Rustin foi um estrategista brilhante e desempenhou um papel indispensável no movimento pelos direitos civis. Foi ele quem introduziu Martin Luther King Jr. aos princípios dos questionamentos não violentos, uma estratégia poderosa que foi fundamenta no sucesso das manifestações pelos direitos civis e para o apoio de diversos tipos de pessoas ao movimento. Sem a orientação e ensinamentos de Rustin, o movimento talvez não tivesse alcançado o êxito que alcançou.
Ao longo de sua vida, Rustin desafiou incansavelmente a discriminação e o preconceito, lutando não apenas pela igualdade racial, mas também pelos direitos LGBT+. No entanto, sua sexualidade o colocou em uma posição vulnerável, levando à sua demissão da CLCS (Conferência de Liderança Cristã do Sul) por conservadores que temiam que sua orientação sexual pudesse manchar a reputação do movimento.
Mesmo após a demissão, ele se envolveu diretamente na viabilização da Marcha Sobre Washington, de 1963, e esse, sem dúvidas, foi um dos momentos mais marcantes da carreira de Rustin. Ele foi o principal organizador do evento, mobilizando 250 mil pessoas em uma campanha pacífica pelos direitos civis.
A marcha ficou conhecida pelo célebre discurso de Martin Luther King, intitulado Eu Tenho Um Sonho, que ecoou pela nação e deixou uma marca indelével na luta por igualdade racial.
CONFIRA Também: A história real por trás do filme “Invictus”