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Série inacreditável da Netflix mostra vida de um “profeta alienígena”


Nessa semana, chega à Netflix uma minissérie documental francesa sobre um movimento religioso que causou algumas polêmicas ao longo das últimas décadas. “Rael: O Profeta Alienígena” mergulha no controverso movimento raeliano.

Em um mundo cada vez mais curioso por fenômenos inexplicáveis e o eterno questionamento sobre nossa origem, a produção da Netflix apresenta uma visão inusitada sobre esses temas.

A série levará os espectadores em uma jornada através dos olhos do fundador do “Raelinismo”, Claude Vorilhon, conhecido como Raël, e promete de desvendar os mistérios de uma fé que desafia a ciência moderna e alimenta debates acalorados.

Sobre o que é a série “Rael: O Profeta Alienígena”?

Série inacreditável da Netflix mostra vida de Rael profeta alienígena
Minissérie “Rael: O Profeta Alienígena” estreia dia 7 de fevereiro.

A série em quatro partes estreia na quarta-feira, dia 7 de fevereiro, é uma tentativa de compreender a evolução, crenças e práticas do raelianismo.

Por meio de entrevistas e imagens de arquivo, a produção procura responder como a fé em seres extraterrestres chamados Elohim propôs uma nova narrativa sobre nossa existência.

A série também mostrará como as experiências de Raël, desde 1973, foram a semente para o nascimento desse movimento religioso.

Mais do que mexer com o fascínio do público pela possibilidade de vida extraterrestre, o documentário também deve abordar a linha tênue entre religião e extremismo.

‘Raelinismo’: Religião mostrada na série “Rael: O Profeta Alienígena”

O raelianismo é uma religião que se originou na França, após Claude Vorilhon (Raël) proclamar ter tido encontros com seres de outro planeta.

Segundo ele, estes seres chamados “Elohim” teriam informado que são os criadores da humanidade e se fundamentam como os deuses de várias tradições religiosas terrenas.

A série explora o raelianismo em detalhes – desde sua hierarquia clerical, com sete níveis de estrutura, até as exigências feitas a adeptos, como a renúncia formal de outras crenças religiosas para assumir plenamente a doutrina raeliana.

No que acreditam os raelianos?

Os seguidores de Raël possuem princípios como a paz mundial, a geniocracia – um governo mundial que usa a inteligência como critério – e uma abordagem liberal sobre a sexualidade.

Desenvolvido em um movimento global que alega ter cerca de 55 mil membros em 84 países, o raelianismo se opõe à teoria da evolução e é um proponente da clonagem como meio de alcançar a imortalidade.

Ainda que pareça ficção científica, essas crenças refletem uma aspiração de seus membros por uma realidade alternativa, onde o papel da ciência e a natureza dos nossos criadores são radicalmente reimaginados.

Algumas polêmicas do raelinismo

Ao longo dos anos, o caminho do raelianismo tem sido pontuado por controvérsias substanciais.

A organização chamou a atenção em 2002, quando a Clonaid, empresa fundada por raelianos, alegou ter produzido o primeiro clone humano. Contudo, a empresa não apresentou evidências disso.

Além disso, a escolha do movimento em adotar a suástica em um contexto de paz circundada por uma estrela de David provocou indignação mundial, considerando o peso histórico negativo desses símbolos.

Movimento raeliano já pediu para construir embaixada para ETs

O movimento raeliano também já gerou manchetes de jornais ao solicitar oficialmente ao governo de Portugal 4 km² de terra para a edificação de uma embaixada dedicada aos Elohim.

Essa construção é visada como um local de boas-vindas aos seres alienígenas e fundamental para estabelecer a comunicação direta com nossos supostos criadores.

“Rael: O Profeta Alienígena” é uma jornada intrigante pelas ideias e práticas de um movimento que desafia as convicções convencionais, e estreia quarta-feira (7 de fevereiro) na Netflix.

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Jornalista, ex-repórter do Jornal e Canal "O Repórter" e ator profissional licenciado pelo SATED/PR. Fã de Star Wars que não reclama de filmes da franquia (com exceção do episódio IX, porque tudo tem limite). Gosta de dramas com boas atuações, comédias que não seguem fórmulas e slashers com mascarados que continuam voltando, por mais que isso não faça o menor sentido. Sente falta das vídeo locadoras e prefere ouvir música por álbuns.