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Série infantil da Netflix é criticada por utilizar linguagem neutra; entenda a polêmica!

A série "Ridley Jones: A Guardiã do Museu", da Netflix, tem sido criticada por personagem que utiliza linguagem neutra ao se apresentar.


Durante os últimos anos, com o impacto de diversos movimentos sociais na indústria cinematográfica e televisiva, é comum que estúdios e plataformas de streaming tentem se tornar, cada vez mais, inclusivos. Nesse sentido, a Netflix sempre foi referência.

Tanto em suas contratações até nas diretrizes de suas produções, a plataforma tem focado cada vez mais em conteúdos inclusivos representativos para os mais diversos públicos.

Em uma nova polêmica recente, a plataforma de streaming vem sendo criticada por alguns assinantes mais conservadores pela produção da série animada Ridley Jones: A Guardiã do Museu“, cujos conteúdos são voltados para o público infantil. Entenda:

“Ridley Jones” promove inclusão e diversidade em sua produção

Série infantil da Netflix tem a diversidade como um dos seus principais preceitos (Imagem: Divulgação/Netflix).
Série infantil da Netflix tem a diversidade como um dos seus principais preceitos (Imagem: Divulgação/Netflix).

Desde que estreou na Netflix, a série animada Ridley Jones: A Guardiã do Museu” tem como premissa de sua produção a inclusão dos mais diversos grupos sociais. A trama, a princípio, gira em torno de uma garota de seis anos que vive em uma casa na árvore encantada, que ganha vida ao anoitecer.

Com uma pegada bastante leve e descontraída, é comum que a produção introduza para crianças e jovens algumas pautas sociais, como é o caso da luta LGBTQIAP+. Este preceito de inclusão e diversidade, contudo, parece estar desagradando a parte mais conservadora dos assinantes.

Recentemente, as reclamações apontam para um personagem apresentado no 8° episódio da 5ª temporada. Nele, o público tem a oportunidade de conhecer Fred, um mamute. Ao se apresentar, ele apresenta sua identidade de gênero e por quais pronomes ele gostaria de ser tratado.

Eu sou não binário, e Fred é o nome que se encaixa melhor“, explica o personagem. “Eu também uso ‘ile’ e ‘dile’, porque me chamar de ‘ela’ ou ele’ não parece certo para mim“. Após a introdução, a trama se desenrola normalmente, e todos os demais personagens respeitam a identidade do mamute.

Linguagem neutra gera reclamações

Assinantes conservadores protestam contra a utilização de linguagem neutra (Imagem: Divulgação/Netflix).

Ao se tratar de pessoas não binárias, é comum que estas identifiquem quais nomes e pronomes lhes cabem melhor – já que suas identidades estão fora do espectro binarista e cisgênero. Com o avanço dos direitos dessas pessoas, o assunto linguagem neutra tem gerado cada vez mais debate na internet.

Ao se tratar de Ridley Jones: A Guardiã do Museu” , em específico, parte dos assinantes da plataforma reclamam que a utilização deste tipo de linguagem pode “causar confusão nas crianças“. Além disso, diversos comentários de cunho transfóbico estão sendo compartilhados em protesto nas redes da plataforma.

Aqui, entretanto, vale destacar que a declaração de Fred na série serve especificamente para passar a mensagem de aceitação e inclusão. É neste sentido, inclusive, que a avó do personagem o conforta: “Desculpe por usar o nome e o pronome errados. Obrigado por mostrar seu coração. É assim que você vai arrasar, liderando debandadas. Você é forte e valente, Fred!”.

Netflix se pronuncia sobre o caso

Plataforma reassume compromisso com a diversidade (Imagem: Reprodução/Marie Claire).

Em uma reclamação sobre o conteúdo de Ridley Jones: A Guardiã do Museu” publicada no site ReclameAqui, a plataforma de streaming se pronunciou sobre a acusação. Em resposta, a plataforma afirma que eles têm como prioridade “manter a integridade artística de nossos criadores de conteúdo e como eles apresentam seu trabalho”.

“Sendo assim, reforçamos que as histórias que estão em nossos serviços não pretendem de forma alguma serem desrespeitosas ou ferir os sentimentos de qualquer comunidade ou grupo”, destacou a plataforma.

Por último, a plataforma ainda relatou que é possível bloquear títulos dos perfis infantis cadastrados na plataforma. As informações sobre como fazer isso estão disponíveis na Central de Ajuda do serviço.

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Por fim, queremos saber: o que você achou da abordagem utilizada por Ridley Jones: A Guardiã do Museu”? Compartilha os ideias de inclusão propostos pela série? Para ficar por dentro de tudo que envolve a produção, fiquem sempre ligados aqui no Sobre Sagas!

Arquiteto e Urbanista aficionado por Cenografia e Cinema. Criador de conteúdo da área desde 2013 e apaixonado por adaptações cinematográficas, especialmente de fantasia.