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Sobrevivendo à Queda dos Black Hawks – Saiba tudo sobre a batalha que deu origem ao documentário


O novo documentário da Netflix, Sobrevivendo à Queda dos Black Hawks, revisita um dos confrontos mais intensos da história militar dos Estados Unidos: a Batalha de Mogadíscio, em 1993.

O episódio, que já foi retratado no filme Falcão Negro em Perigo (2001), de Ridley Scott, ganha agora um documentário que busca trazer múltiplas perspectivas sobre o conflito. Mas o que realmente aconteceu naquela batalha?

Sobre a série “Sobrevivendo à Queda dos Black Hawks” da Netflix

Sobrevivendo a queda dos Black Hawks

Dirigido por Jack MacInnes e produzido pela Ridley Scott Associates, Sobrevivendo à Queda dos Black Hawks se propõe a contar a história sem filtros, através de entrevistas, imagens de arquivo e reconstituições.

A série documental de três episódios reúne depoimentos de soldados das forças especiais americanas, combatentes somalis e civis que foram impactados pelo confronto.

A produção explora o desenrolar dos eventos a partir de múltiplos ângulos, apresentando detalhes pouco conhecidos sobre as dificuldades enfrentadas pelos soldados americanos e o impacto devastador na população local.

Uma das figuras centrais no documentário é Michael Durant, piloto que foi capturado pelos somalis e mantido refém por 11 dias. Ele relembra os momentos críticos em que seu helicóptero foi derrubado e o sofrimento que enfrentou nas mãos de seus captores.

Além disso, o documentário também dá voz a civis somalis, como Halima Weheliye, que descreve o desespero de tentar proteger crianças em meio ao fogo cruzado.

A produção traz ainda imagens inéditas gravadas por Ahmed “Five”, um cinegrafista local que registrou os momentos caóticos da batalha e os impactos nas ruas de Mogadíscio.

A verdadeira batalha que inspirou o documentário

O embate que inspirou Sobrevivendo à Queda dos Black Hawks aconteceu em 3 de outubro de 1993, durante uma operação militar americana na Somália.

Os Estados Unidos haviam sido enviados ao país em 1992, oficialmente para ajudar no combate à fome e estabilizar a região, que estava mergulhada em uma guerra civil. No entanto, a situação rapidamente se transformou em um conflito armado, principalmente contra as forças do senhor da guerra Mohamed Farrah Aidid.

Queda dos Black Hawks

Naquele dia, 100 soldados Rangers e 12 helicópteros Black Hawk foram mobilizados para capturar dois comandantes de Aidid.

O que deveria ser uma missão rápida se transformou em uma batalha urbana intensa quando milícias somalis conseguiram derrubar dois helicópteros Black Hawk com lançadores de foguetes.

A queda das aeronaves forçou os soldados americanos a tentarem resgatar os tripulantes sob forte fogo inimigo, transformando o que era para ser uma incursão de 45 minutos em uma luta desesperada que durou mais de 15 horas.

A operação resultou na morte de 18 soldados americanos e deixou 73 feridos. Do lado somali, as estimativas variam, mas acredita-se que mais de 200 combatentes e civis tenham morrido.

Sgt. 1st Class Randy Shughart e Master Sgt. Gary Gordon, operadores da Delta Force, desceram até um dos locais de queda para proteger o piloto sobrevivente, Mike Durant, mas foram mortos no confronto.

Ambos receberam postumamente a Medalha de Honra Militar dos EUA.

O documentário da Netflix busca recontar essa história com um olhar mais amplo, mostrando não apenas o lado militar americano, mas também as vidas que foram afetadas pelo conflito na Somália.

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.