Esse filme de ação é o segundo mais visto da Netflix agora, mas pode não ser o que você imagina!
Tokunbo, o novo thriller nigeriano disponível na Netflix, chegou ao top 10 mundial da plataforma com a promessa de entregar uma narrativa cheia de tensão e ação.
Dirigido por Ramsey Nouah e escrito por Todimu Adegoke e Theckla Uzozie, o filme tem o objetivo de explorar os desafios e dilemas de um homem que, em meio a circunstâncias desesperadoras, é forçado a voltar ao submundo do crime. Mas será que a execução do filme entrega o que promete?
Sinopse de Tokunbo
A história gira em torno de Tokunbo, um ex-contrabandista de carros que decide abandonar o crime para se dedicar à família.
Ele tenta seguir um caminho honesto como motorista de táxi, mas sua nova vida se complica quando seu filho recém-nascido, Chris, é diagnosticado com uma doença grave. Desesperado para pagar o tratamento médico, Tokunbo se vê obrigado a retornar ao mundo do crime, reatando seus laços com um perigoso gangster.
A nova missão do homem desesperado toma um rumo mais sombrio do que ele esperava quando ele é encarregado de transportar Nike, a filha sequestrada de um dos homens mais poderosos do país.
Este evento o coloca em uma posição ainda mais precária, onde cada decisão pode significar o fim para ele e sua família.
Uma história que promete muito… mas entrega pouco
Se você já assistiu a alguns thrillers de ação, a história de Tokunbo vai te parecer familiar – e não de um jeito muito bom.
O filme segue a velha fórmula de um cara comum que é puxado de volta para o crime por circunstâncias desesperadoras, tropeçando em uma situação muito maior do que ele poderia prever.
Isso não é um problema por si só; afinal, clichês existem por um motivo. O problema aqui é que Tokunbo simplesmente não consegue fazer nada de realmente novo ou empolgante com essa premissa batida.
Apesar de ter um roteiro que flerta com discussões políticas e sociais interessantes, o filme se perde em uma narrativa que nunca chega a lugar nenhum. O resultado é uma história que se arrasta sem trazer nenhuma surpresa, sem momentos de tensão que empolgam de verdade ou aquelas reviravoltas de deixar o queixo caído.
Em vez disso, tudo é previsível e feito sem muito entusiasmo.
Vale a pena assistir?
No quesito visual, Tokunbo tem seus momentos. Visivelmente Ramsey Nouah se esforçou para dar ao filme uma estética que realmente passe para o público a situação de desespero e pressa dos personagens.
A sensação de calor e tensão constante até adicionam uma camada de realismo que poderia ser interessante se o resto do filme acompanhasse essa pegada.
Infelizmente, é aí que a festa acaba.
As cenas de ação – que deveriam ser o ponto alto do filme – aparentam o ensaio que ocorre nos bastidores. A coreografia é desajeitada e a edição não ajuda, cortando de forma estranha e tirando qualquer impacto das cenas.
É como se o filme estivesse sempre tentando chegar a algum lugar, mas nunca conseguisse sair do lugar.
Os atores, por sua vez, fazem o que podem com o material que têm. Gideon Okeke, na pele do protagonista, tem o carisma necessário para carregar o filme, mas a direção não o ajuda a explorar todo seu potencial.
No final das contas, Tokunbo é um filme que prometia ser um thriller eletrizante, mas que acabou entregando uma experiência morna, quase amadora. Uma pena.
