Voo Criminoso – Conheça a história real por trás da nova série da Netflix
"Voo Criminoso" é mais uma série de destaque da Netflix que deve se tornar sucesso graças ao fato de ser baseada em história real.
A nova produção da Netflix, Voo Criminoso, já chama a atenção do público por sua abordagem emocionante e repleta de tensão, especialmente por ser baseada em uma história real de crime que se tornou notícia em todo o mundo.
A série adapta o romance de Jonas Bonnier, que conta o caso de um infame roubo ocorrido na Suécia em 2009. Combinando realidade e ficção a narrativa é eletrizante e cheia de camadas.
Sinopse da Série
A série Voo Criminoso, acompanha Michel e Rami, dois amigos de infância com passados criminosos que se reencontram para planejar um assalto ousado e milionário.
Michel, ainda ativo no mundo do crime, tenta convencer Rami, agora um homem de família, a participar do roubo a uma grande empresa de segurança em Estocolmo. Relutante a princípio, Rami é atraído pela possibilidade de transformar sua vida.
Juntos, eles reúnem uma equipe e arquitetam um esquema explosivo, colocando em risco tudo o que têm em busca de uma fortuna que pode mudar suas vidas para sempre.
A História Real que Inspirou “Voo Criminoso”
Na manhã de 23 de setembro de 2009, às 5h15, a cidade de Estocolmo testemunhou um assalto fora do comum.
Um helicóptero Bell 206, roubado de uma base aérea, pousou no telhado do depósito de dinheiro da G4S, localizado em Västberga.
Os assaltantes, vestidos de preto e com máscaras, usaram marretas para quebrar o vidro da cobertura do prédio e desceram por escadas de 6 metros para acessar o interior da instalação.
Enquanto os funcionários da G4S se escondiam, temendo que o prédio pudesse desabar devido aos explosivos, os assaltantes trabalhavam rapidamente.
Usando serras elétricas, abriram as portas dos cofres e carregaram sacos de dinheiro para o helicóptero. Em menos de 20 minutos, a ação resultou na fuga dos criminosos com aproximadamente 150 milhões de dólares.
Apesar da rápida resposta policial, as forças de segurança enfrentaram várias barreiras.
Helicópteros da polícia foram impedidos de decolar devido a ameaças de bombas colocadas pelos ladrões em outro heliporto, e as estradas ao redor foram bloqueadas com objetos pontiagudos para furar pneus das viaturas.
Durante as investigações, descobriu-se que o líder do grupo era Goran Bojovic, um homem com supostas conexões com a unidade paramilitar sérvia BIA Red Berets.
Curiosamente, um mês antes do crime, as autoridades suecas haviam recebido um alerta das forças de inteligência da Sérvia, informando que um assalto envolvendo um helicóptero estava sendo planejado em Estocolmo.
No entanto, a falta de detalhes específicos fez com que o aviso fosse ignorado.
Outras pistas surgiram de erros cometidos pelos próprios ladrões. Um dos membros do grupo, Sadhan Kadhum, cortou a mão em uma das escadas e deixou traços de DNA no local do crime, o que levou à sua identificação. Já o piloto do helicóptero, Alexander Eriksson, foi rastreado e preso nas Ilhas Canárias.
No total, 10 pessoas foram acusadas de participação no roubo. Sete delas foram condenadas à prisão em outubro de 2010, enquanto as outras três foram absolvidas.
Apesar das prisões, uma parte significativa do dinheiro, estimada em cerca de 8 milhões de dólares, nunca foi encontrada.